Os empresários do ramo de confecções estão aderindo à campanha de arrecadação em prol do Hospital Azambuja. A campanha, iniciada em agosto de 2007, com o apoio da loja de departamentos Havan, já mobilizou a comunidade brusquense através de autorização de doações via faturas de água e energia elétrica. Nesta nova etapa, o assessor administrativo do hospital, Marcílio César Ghislandi, e o presidente do Sindicato Patronal das Empresas Confeccionistas, Ivo Celestino Lombardi, estão visitando as empresas do setor para mostrar a realidade do hospital e pedir sua adesão à campanha.
"Estamos sendo muito bem recebidos pelos empresários, que têm se sensibilizado com a situação e contribuído com valores expressivos à causa", afirma Ghislandi. Ele explica que há cerca de 700 empresas confeccionistas na cidade de Brusque e o objetivo é visitar a maior parte delas. Com isso, se buscará conscientizar os empresários sobre a importância de manter o Hospital Azambuja em atividade. "Se o hospital parar, estes empresários e seus colaboradores também sofrerão pela falta de atendimento". Após visitar os confeccionistas, a direção do hospital deverá estender a campanha, abordando empresas de outros segmentos.
90% do fluxo da entidade é para pacientes do Sistema Único de Saúde
No trabalho feito diretamente com os moradores, os agentes comunitários de saúde estão percorrendo os bairros da cidade, pedindo adesão à campanha. Além disso, estão sendo treinadas novas equipes para fazer visitas a residências, indústrias, comércio e prestadores de serviços no Centro da cidade. Um trabalho de telemarketing também será iniciado, assim como a extensão da campanha para as cidades vizinhas e que também são atendidas pelo hospital. A meta da administração do Hospital Azambuja é de alcançar, até o final de 2008, uma arrecadação mensal autorizada em faturas de água e energia que chegue a R$ 100 mil. Até agora, as adesões já representam entradas mensais de mais de R$ 10 mil à entidade.
O Hospital Azambuja está na UTI. Por falta de recursos, corre o risco de fechar as portas. Segundo a direção da unidade hospitalar, se isso acontecer, agrava-se a situação do atendimento de saúde pública na região, já que 90% do fluxo da entidade é para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O hospital atende a uma micro-região que abrange a cidade de Brusque e mais 10 municípios, que juntos formam uma população de aproximadamente 300 mil habitantes. Nos últimos meses, o hospital fez cerca de 32,5 mil atendimentos em pronto-socorro, dos quais apenas 2,7 mil foram por particulares ou convênios, contra 29,8 mil atendimentos através do SUS. Quanto às cerca de 7,2 mil internações do período, mais de 5 mil foram realizadas somente pelo sistema público de saúde.
Fonte: Tribuna Regional - 22-02-2008