30-09-2008 - Comerciante reclama do banco de sangue de Tubarão

Doador voluntário há mais de 20 anos, Roberto Vieira da Silva partiu para a unidade de coleta de sangue de Tubarão para mais um ato de respeito ao próximo. Porém, desta vez a prática teve de ser deixada de lado. “É uma falta de consideração. Fiquei lá por um bom tempo, apertado em um cubículo e um péssimo atendimento. E a minha loja fechada”, relatou o comerciante.
A situação vivenciada por Roberto pode ter ocorrido com outras pessoas. O atendimento ruim pelo menos revela que aumentaram o número de doadores de sangue nos últimos dias. “Assim que as pessoas foram vacinadas na campanha de vacinação contra a rubéola, o movimento aumentou bastante”, justifica a médica da unidade de coleta Laurene de Abreu Viana. “O movimento é grande e fica mesmo tumultuado. Nossas instalações são pequenas. É difícil atender a todos”, lamenta.
Uma das reclamações de Roberto é com relação ao horário em que a unidade está de portas abertas. Atualmente as coletas são realizadas apenas nas terças e quartas-feiras, das 7h30 às 15 horas. “Todos os dias é cheio. Chega a ser vergonhoso uma região com mais de 400 mil habitantes com um posto tão pequeno”, reclama. De acordo com Laurene, a ampliação de datas para coletas pode ocorrer em alguns meses.
A quantidade coletada pela unidade, segundo a médica, atualmente, têm sido suficiente para dar conta das necessidades do Hospital Nossa Senhora da Conceição, que utiliza, em média, 400 bolsas de sangue a cada mês. “Se abrisse mais dias, seria ainda melhor”, complementa Laurene. Há poucos meses, as doações não chegavam a 30 por dia. Hoje, existem registros de até 50 coletas efetuadas. “Nem sempre dá para coletar sangue de todos os doadores. Se não fosse isso, seria ainda maior”, conclui Laurene.
 
Fonte: Diário do Sul - 30-09-2008


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