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SIMESC em defesa dos médicos e da administração do Hospital Azambuja

Reajuste zero para manter serviço essencial demonstra falta de preocupação da prefeitura com o cidadão brusquense

O descaso da gestão municipal com a saúde do cidadão brusquense chegou a um limite inaceitável. Equivocam-se gravemente os gestores ao estabelecerem que saúde é serviço que não deve ter suas cadeias produtivas remuneradas adequadamente quando decidem, de maneira unilateral, que os valores repassados ao Hospital Azambuja serão reajustados somente em março de 2018, confirmando três anos sem qualquer tipo de acréscimo.

Para contemplar esse período em que tem arcado com essa diferença de repasses, pede 14,8%, referente à correção da inflação. Às vésperas de vencer o contrato, a prefeitura, sem buscar outra tentativa de negociação ou parcelamento do reajuste, informa pela imprensa que prorrogará o contrato pela terceira vez e não garante o repasse do valor ao fim desse novo contrato.

Até setembro de 2017, o Hospital Azambuja realizou 64 mil procedimentos no pronto socorro, quase 18% a mais do que o mesmo período do ano passado. A população de Brusque corresponde a 91,6% dos pacientes atendidos no Azambuja, que todos os meses tem um déficit de R$ 200 mil e implora para que uma dívida de R$ 1,9 milhão seja honrada.

Não podemos aceitar que uma unidade de saúde da importância do Hospital Azambuja feche as portas por falta de diálogo, até porque, a rede básica de saúde do município não tem condições de atender ao cidadão em suas demandas de maneira adequada. A dúvida é se faltam recursos também para atender à rede pública ou falta competência.

Com o exposto, cabe à administração do Hospital Azambuja confirmar que a partir de 1º de novembro, atenderá pelo SUS somente a porta de entrada de gestantes, urgência e emergência, tendo em vista que os recursos para a manutenção desses serviços são feitas pelo governo estadual.

Senhores prefeito, vereadores e demais autoridades da cidade de Brusque: a população não pode ficar à mercê deste imbróglio causado pela falta de responsabilidade em garantir o direito constitucional de acesso à saúde de qualidade.

Cidadão brusquense: juntem-se à nossa luta pela saúde de qualidade e ao alcance de todos.

Não se faz saúde só com médicos. Mas não se faz saúde sem médicos e sem estrutura e remuneração adequada ao atendimento que o cidadão brusquense merece.

Brusque, 30 de outubro de 2017.

Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina – SIMESC

Diretoria Regional Brusque

foto: http://arquifln.org.br/


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