07-08-2009 - Santa Catarina: Médicos do PSF de Ponta Grossa decidem retomar greve, mas mantêm atendimento à gripe H1N1

Os médicos do Programa de Saúde da Família(PSF) de Ponta Grossa, município de Santa Catarina, decidiram na manhã desta quinta-feira, 06 de agosto, pela retomada da greve por tempo indeterminado em razão do não atendimento de suas reivindicações e da negativa da prefeitura em estabelecer negociação. A greve vai ser retomada a partir de segunda-feira, dia 10. No entanto, os médicos decidiram que vão manter o atendimento aos casos de suspeita da gripe H1N1.
A decisão foi tomada pela categoria após a reunião do SIMEPAR com o Secretário Municipal de Recursos Humanos, José Elizeu Chociai, que limitou-se a afirmar que a prefeitura está produzindo um estudo para a implementação de um plano de cargos e salários que contemplará todos os servidores municipais, e que esse estudo deve ser finalizado em setembro próximo.
As principais reivindicações dos médicos do PSF de Ponta Grossa são o aumento e a incorporação das gratificações ao salário base; a regularização dos depósitos do FGTS; a implantação do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV) proposto pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM); melhores condições de trabalho; complemento das equipes de saúde da família com assistente social, psicólogo, dentista, etc.
Segundo o Presidente do SIMEPAR, Dr. Mario Ferrari, a iniciativa da prefeitura de elaborar um plano de cargos e salários para todos os servidores é louvável, mas isso não dá o direito de ignorar todas as reivindicações dos médicos, como vem fazendo há meses. "O Sindicato vem buscado construir uma mesa permanente de negociação com a prefeitura desde o começo de maio, quando tivemos uma audiência com o Prefeito. Fizemos o possível para evitar a paralisação, infelizmente os gestores municipais não têm correspondido, completou Ferrari.
Para evitar maiores prejuízos à população, os médicos e médicas vão se dedicar somente aos atendimentos de emergência, em particular nos casos de suspeita da gripe H1N1.

Fonte: FENAM - 07-08-2009


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