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Abraço à Saúde: servidores protestam por falta de recursos humanos

Servidores da saúde realizaram na manhã desta quarta-feira (06/06), em frente à emergência do hospital infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, o Abraço à Saúde catarinense. O evento foi uma maneira de apelar ao governo do Estado para a contratação de recursos humanos para a saúde. Atualmente pelo menos 270 leitos estão fechados nas unidades estaduais por falta de profissionais.
“O governo tem que compreender que não precisamos mais de hospitais. A estrutura física, não atenderá os pacientes. Quem atenderá os pacientes são os profissionais da saúde. Precisamos resolver essa situação urgente porque a população não merece e não pode mais aguardar por melhorias na saúde”, alerta o presidente do SindSaúde Pedro Paulo das Chagas.
O representante dos servidores da saúde lembra que a falta de recursos humanos na saúde catarinense afeta em cheio quem está nas unidades. “Como um enfermeiro, um médico pode trabalhar tranquilo sabendo que só ele está no plantão e que lá fora há 40, 50 pessoas esperando? É uma situação que reflete na qualidade de atendimento”.
A escolha do infantil para a realização do evento é porque dos 184 leitos do hospital, 80 estão fechados por falta de profissionais. “A situação não é diferente em outras regiões do Estado. Não tem médico para atender no interior, os pacientes são trazidos para a capital. Muitos tratamentos e cirurgias poderiam ser feitas mais próximas às casas dos pacientes. Não podemos permitir mais que a população fique exposta a tanto descaso”, diz Cyro Soncini, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC).
Nove por hora
A quantidade de pacientes que buscam a emergência do hospital infantil todos os dias resulta numa grave estatística. Há dias em que os médicos atendem nove pacientes por hora. “Se chegar um paciente mais grave, todos os outros que estão aguardando há horas levarão mais tempo para serem atendidos porque será dada prioridade àquele que chegou grave. É como se o médico tivesse que escolher quem atender. É um absurdo”, alerta Cyro Soncini
Governador
O presidente do SIMESC afirma que após a publicação em jornais de circulação estadual do Apelo ao Governador, em que é cobrada a contratação de recursos humanos para a saúde, na próxima semana será tentado um contato com o chefe do executivo estadual para que ele se sensibilize com a situação e agilize a contratação dos aprovados em concurso. “O governador disse em campanha que a saúde seria prioridade. Passado um ano e meio a saúde não foi alavancada. Precisamos cobrar, lembrá-lo de seu compromisso”, conclui Soncini.


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