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Mutirão de cirurgias: segue impasse com entidades médicas

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O Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (COSEMESC) esteve reunido na noite de segunda-feira (22/08) com o secretário estadual de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira e com representantes da Associação e da Federação dos Hospitais do Estado. O encontro que pretendia chegar a um consenso sobre a remuneração e condições de trabalho dos médicos durante o mutirão de cirurgias proposto pelo governo catarinense ainda não tem um desfecho.
“O sucesso do mutirão de cirurgias passa por uma remuneração e condições de trabalho médico adequados. Sem isso corre o risco de não haver adesão da categoria médica. Não podemos recomendar aos médicos que participem do mutirão com valores que se assemelham à defasada tabela do SUS. Lembramos que não somos contra o mutirão. Ele é necessário. Mas para ter sucesso tem que ser planejado da forma que todos sejam contemplados de forma justa”, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (SIMESC), Cyro Soncini.
Durante a reunião, o secretário de Saúde propôs que o valor de R$ 200, que seria primeiramente dividido entre médicos e hospitais para a realização do procedimento cirúrgico, seja repassado aos médicos. “Propomos agora R$ 100 para os hospitais e R$ 200 para os médicos”, disse Dalmo de Oliveira.
O presidente do SIMESC pensa que o avanço da negociação possa vir de Brasília. O secretário de Saúde participa na quarta e quinta-feira de reuniões na capital federal. “ Nossa contra-proposta é que se consiga viabilizar um determinado número de cirurgias para este ano de forma que possamos ter uma remuneração médica e hospitalar adequados. E que em 2012 seja feito o restante com o que será repassado pelo governo federal. Estão insistindo em cima de valores que os médicos não devem acatar”, disse Soncini.
A presidente da Associação Catarinense de Medicina, Márcia Regina Ghellar reforçou que a nova proposta ainda não é uma solução. “Para estimularmos os colegas temos que ter um incentivo financeiro para que a campanha do governo atinja o objetivo que é a população que aguarda na fila de espera. O objetivo de todos é dar assistência, mas com remuneração e trabalho decentes”, reforçou.
Tércio Kasten, da Federação dos Hospitais, lembrou que o mutirão é resultado de um represamento das cirurgias eletivas que não são realizadas pela baixa remuneração do SUS. “O prêmio que o governo estipulou – a cada 50 cirurgias R$ 10 mil é insuficiente para a contratação dos médicos”, garante, mas afirma que os hospitais estão prontos para atender a demanda.
Um novo encontro entre as três entidades – médicos, hospitais e secretaria de Saúde deverá acontecer após o retorno do secretário de Brasília.
Representando o COSEMESC, participaram da reunião a presidente da Associação Catarinense de Medicina, Márcia Regina Ghellar, o presidente do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CREMESC), Ricardo Polli e representando o SIMESC, o presidente Cyro Soncini, o vice-presidente Vânio Lisboa e o secretário geral César Ferraresi.


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