As obras custaram cerca de R$ 400 mil. A estrutura vai funcionar como uma unidade mista, das 7 às 17 horas, com agendamentos e pronto socorro. Das 17 horas à meia-noite, apenas atenderá os casos de emergência. Nos fins de semana e feriados, funcionará só como pronto socorro.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Alcemira Amara da Cunha, um estudo feito pela prefeitura nos PAs da região constatou que a maior necessidade de atendimento começa às 18 e termina às 22 horas. "Nesse horário, vamos atender só as emergência. Caso o procedimento passe da meia-noite, o paciente será transferido para Joinville ou São Francisco do Sul, como já acontece", diz. Para a remoção, a cidade conta com quatro ambulâncias, duas da Prefeitura, uma do Corpo de Bombeiros e outra do Samu.
Na tarde de ontem, terminou o processo de inscrição para a contratação de profissionais para o PA. Serão chamados cinco clínicos gerais, três pediatras, dois enfermeiros e três técnicos de enfermagem. Os selecionados vão passar por entrevistas e assumirão os postos no dia 20 de março. "No total serão aproximadamente 25 funcionários trabalhando no PA. Para preencher as outras vagas, servidores que já atuam no município vão ser remanejados", explica a secretária. A contratação dos 13 novos profissionais vai representar um acréscimo de R$ 130 mil mensais na folha de pagamento da cidade.
O pronto-atendimento de Araquari tem cerca de 350 metros quadrados. Em dezembro o prefeito Alberto Miqueluti nomeou uma equipe de estudos que cuidou da compra de móveis e equipamentos. Segundo Alcemira, o governo estadual liberou R$ 200 mil para equipar a unidade. A maior parte do dinheiro foi utilizada na sala de emergência. Por enquanto, o PA não vai ter setor de raio-X. "Estamos estudando a possibilidade de terceirizar o serviço", avalia.
Como a cidade tem cerca de 22 mil habitantes, não é viável abrir uma unidade hospitalar, por isso a opção por um pronto-atendimento. O hospital que existia em Araquari era mantido pela Associação Beneficente Menino Deus, com a ajuda do governo do Estado. Por conta das condições precárias, foi fechado em 2003 pela Vigilância Sanitária. Além disso, a mantenedora da unidade acumulava dívidas e salários atrasados. Hoje, existem oito postos de saúde que atendem a população. Os casos de emergência são encaminhados para Joinville ou São Francisco do Sul.
Fonte: AN Cidade - 26-02-2008