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SIMESC reúne-se com médicos do Médio Vale

Cerca de 40 médicos reuniram-se em Timbó, no Médio Vale do Itajaí, no dia 17 de fevereiro, para discutir, entre outros pontos, o serviço de sobreaviso no município e o possível descredenciamento de profissionais de uma operadora privada de saúde da região. Representando a diretoria executiva do SIMESC, estiveram Cyro Soncini, Vânio Lisboa, César Ferraresi e Eliane Soncini - presidente, vice-presidente, secretário-geral e diretora de assuntos sócio-culturais, respectivamente. O encontro foi promovido pela diretoria regional do Sindicato composta por Alfredo Nagel (presidente), Roberto Amorim Moreira (secretário) e Lothar Stange (tesoureiro).
O presidente regional Alfredo Nagel apresentou a comitiva do SIMESC, reforçada pela presença do assessor jurídico Ângelo Kniss e da coordenadora e auxiliar administrativos, Terezinha e Marcelo Koerich. Cyro Soncini destacou a importância da região para o movimento sindical ao contar com 60% dos médicos filiados. A discussão sobre o primeiro ponto de pauta inciciou com o relato do diretor técnico do Hospital Beatriz Ramos, de Indaial, Ailton Rodrigo Pettermann.
A unidade de Saúde centraliza, atualmente, além dos atendimentos de emergência do município, os de Ascurra e de Timbó -, o último, até pouco tempo, oferecia atenção especializada no Hospital OASE. Um impasse no pagamento do sobreaviso aos médicos especialistas daquele hospital fez com que a Prefeitura Municipal de Timbó estabelecesse convênio (em caráter temporário) para que a atenção em casos mais graves fosse prestada no Beatriz Ramos. Os pacientes são levados pelo SAMU à cidade vizinha, localizada a 10 km de Timbó. Há mais fatores complicadores como a falta de médicos intensivistas para acompanhar o paciente até Indaial e a possibilidade de fechamento do Hospital OASE - ao não atender a demanda originária do sobreaviso e, portanto, não receber o repasse respectivo, pode tornar-se inviável financeiramente.
O presidente do SIMESC esclareceu que o valor do sobreaviso estimado em 1/3 da hora plantão é apenas um balizamento e que os conflitos e dificuldades devem ser resolvidos conversando. “Cabe ao hospital e ao diretor técnico abrir um pouco suas contas”, disse em relação ao pagamento do sobreaviso aos profissionais do Hospital OASE. Os médicos dessa unidade propuseram o valor de R$ 18 para a hora de sobreaviso, o que não foi aceito pela Prefeitura Municipal de Timbó (que contrata os serviços do OASE), diante da possbilidade de remunerar por R$ 12 os profissionais do Beatriz Ramos, unidade para qual são encaminhados, no momento, os pacientes graves de Timbó.
Cyro Soncini lamentou a falta de atitude do cidadão de Timbó que não exige das autoridades o atendimento em seu município. César Ferraresi ressaltou a necessidade de saber os valores repassados para a realização do serviço no município vizinho, e comentou a respeito da postura 'imediatista' dos médicos, em alguns casos, em resolver os problemas, ter uma resposta. “Nosso papel é, também, fazer com que a comunidade entenda que é necessário ter o sobreaviso no município”, afirmou Soncini.
Sobre o segundo ponto da pauta da reunião, o possível descredenciamento de profissionais de Pomerode contratados pela operadora de Saúde Servmed, foram esclarecidas algumas condições para realizá-lo, como o cumprimento do contrato (que é individual) e possíveis consequências desse ato. Diante da exposição do problema pelos médicos presentes - alguns serviços são remunerados por valores inferiores à tabela do SUS -, o vice-presidente, Vânio Lisboa, esclareceu que os planos de saúde ganham dinheiro sobre o trabalho do profissional e que, em determinados momentos, 'temos que dizer, por esse valor, não trabalho', concluiu.
Antes de encerrar a reunião, o assessor jurídico Ângelo Kniss ainda esclareceu dúvidas a respeito de contratos de trabalho celetistas e estatutários. Alfredo Nagel, presidente regional do SIMESC, agradeceu a presença de todos e pediu a união dos profissionais da região na solução de seus problemas. Cyro Soncini também agradeceu e colocou o Sindicato novamente à disposição. O encontro encerrou com um jantar oferecido pela diretoria do Médio Vale.


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