#

Secretário e adjunto da Saúde são recebidos por diretores do SIMESC

 Dirigentes do SIMESC receberam nesta terça-feira, 20 de janeiro, na sede da entidade, em Florianópolis o secretário e o adjunto de Estado da Saúde, João Paulo Kleinubing e Murillo Capela, respectivamente. Na conversa que se estendeu por mais de uma hora, vários assuntos foram tratados, o principal deles foi o compromisso assumido com os profissionais em abril de 2014: a equiparação salarial dos médicos com o piso sugerido pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM), no valor aproximado de R$ 11,5 mil.
“O compromisso foi firmado e as negociações estão bem adiantadas, com vários itens cumpridos. Três secretários assinaram o documento e somente a ex da pasta da Saúde, Tânia Eberhardt não está mais no cargo”, lembra Cyro Soncini, presidente da entidade, ao frisar que os secretários Antônio Marcos Gavazzoni (Fazenda) e Derly Massaud Anunciação (Administração) são os outros dois que assinaram o acordo com os profissionais. “É um compromisso de governo e certamente será uma solução para que os médicos mantenham o vínculo de trabalho com o Estado”.
Cyro, que estava acompanhado dos dirigentes César Ferraresi (vice-presidente), Vânio Lisboa (tesoureiro geral) e Roman Leon Júnior (secretário geral), além dos assessores jurídicos, previdenciários e de imprensa, citou a questão da implantação da Câmara Técnica para auxiliar o judiciário nas questões que envolvem a judicialização da medicina. João Paulo confirmou que a despesa do governo em 2014 com esse quesito beirou os R$ 150 milhões.
“O tribunal de justiça ao invés de conceder abono a seus servidores no final de ano deveria reverter esse valor para o pagamento de uma avaliação criteriosa das solicitações a ser feita por um médico. Isso reduzirá não só o tempo de espera dos pacientes por uma prótese, medicamentos e procedimentos, mas reduzirá os custos do Estado e também afetará um assunto que está sendo denunciado pela imprensa, que é essa máfia de próteses”, destaca Cyro.
O secretário informou que além da Câmara Técnica – assunto que debaterá em visita a ser realizada na Associação Catarinense de Medicina nos próximos dias – insistirá para a criação de uma vara de saúde como proposta para agilizar e aprimorar essa demanda da judicialização. “Vamos sim contribuir para diminuir esse custo”, declarou.
Organizações sociais
Cyro Soncini fez questão de frisar ao secretário que é contra a contratação de organizações sociais para a saúde, mas que reconhece que em alguns casos, como o Samu e a Fahece, o serviço teve um grande salto de qualidade. “Mas é preciso que o governo cumpra os repasses para evitar que os profissionais enfrentem esse ano os atrasos em pagamentos verificados no ano passado”. O secretário João Paulo disse haverá grande empenho para que essas situações não se verifiquem novamente.
Estrutura
João Paulo também confirmou o compromisso de honrar os repasses para as entidades filantrópicas. Reconheceu o déficit e frisou que os municípios e o Estado investem acima da meta estabelecida. “Penso que o governo do Estado deveria cobrar de seu aliado – governo federal – os recursos necessários para que a saúde pare de patinar e seja um serviço digno para a população e um espaço de trabalho dignificante para os trabalhadores. Não podemos aceitar que não haja pressão dos municípios e estados que apoiam o atual governo”, destacou.
O secretário frisou que a manutenção dos 13 hospitais estaduais e toda a rede de saúde fechou o ano com déficit de mais de R$ 50 milhões e que a inauguração das nove unidades de saúde em construção irão onerar ainda mais essa estrutura. “Vamos sim precisar do empenho do governo federal para fazer isso funcionar”, destacou João Paulo, ao citar que mesmo com o aumento da arrecadação não haverá folga. “Temos um período econômico complicado pela frente que afetará a arrecadação deste ano. Mas sabemos que o modelo de gestão dos hospitais precisa ser aprimorado”
Avaliação
O vice-presidente do SIMESC, César Ferraresi avaliou como positiva a reunião com o secretário. “Ele tem experiência em gestão pública por ter sido prefeito de Blumenau. Sabe quais são os entraves e onde estão os nós. O fato de ter vindo conversar com uma entidade representativa demonstra vontade em acertar”, destaca.
Para o tesoureiro geral, Vânio Cardoso Lisboa, o fato de ter como adjunto o médico Murillo Capela “auxiliará na tarefa, que não é fácil. Mas nos parece que ele tem respaldo governamental para executar a missão”.
Cyro Soncini avaliou a conversa como adequada e “sentimos a segurança de que os encaminhamentos iniciados há algum tempo serão seguidos. João Paulo vem com o apoio do adjunto Murillo Capela e também com o apoio das urnas. É deputado federal muito bem votado e do mesmo partido do governador. Temos esperança de que dias melhores virão para a saúde”, encerra.


  • fc2e546ed0314078ad4e3d9243883c05.jpg
    fc2e546ed0314078ad4e3d9243883c05.jpg
  • ae69ef7619264350b746dfeaa0486f05.jpg
    ae69ef7619264350b746dfeaa0486f05.jpg
  • 6730a028a19441a091d92e048d53fe09.jpg
    6730a028a19441a091d92e048d53fe09.jpg
  • cd7c18a37b7d4f979f3e7462a4944935.jpg
    cd7c18a37b7d4f979f3e7462a4944935.jpg
  •