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Sindicato dos Médicos lamenta falta de negociação para realização do mutirão de cirurgias

 O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC), Cyro Soncini confirmou nesta terça-feira, 16 de agosto, preocupação em relação ao mutirão de cirurgias anunciado pela secretaria estadual de Saúde há três semanas. “Temos participação ativa nos colegiados de saúde e também nas reuniões e ações das entidades médicas catarinenses. E as entidades como o Sindicato, o Conselho Regional de Medicina (CREMESC) e a Associação Catarinense de Medicina (ACM) não foram pelo menos informadas da intenção de realização do mutirão”, alertou.
De acordo com Soncini, a preocupação do Sindicato está relacionada à qualidade de atendimento e à remuneração médica. “Não somos contra mutirões de saúde. Porém entendemos que as políticas públicas têm que ser estabelecidas de modo permanente para evitarmos essa situação de represamento de cirurgias e demais procedimentos de saúde. A secretaria estadual de Saúde estabeleceu uma rotina e pelo que temos acompanhado pela imprensa, corre o risco do mutirão não acontecer em toda sua proposta por falta de uma negociação e planejamento prévios”, declarou.
O presidente do SIMESC informa, que de acordo com a presidente Regional de Caçador, Maria Lucia Bertolini, a secretaria municipal de Saúde daquele município foi a única a entrar em contato com o Sindicato propondo aos médicos mutirão de cirurgia pela tabela SUS. “Este justamente é a raiz do problema. Uma tabela defasada que o governo não corrige há muito tempo”, disse Soncini.
Na quinta-feira, 18 de agosto, às 11h, o Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (COSEMESC) tem agendada uma reunião com o secretário estadual de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira. Da pauta não constava o tema mutirão de cirurgias, mas de acordo com Soncini não haverá como o tema não ser colocado à mesa.


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