A Câmara rejeitou Projeto de Lei do Executivo que autorizava o remanejamento de R$ 5,502 milhões no orçamento da Saúde, para cobrir gastos com pessoal. O projeto anulava verbas destinadas, por exemplo, ao suprimento de medicamentos (R$ 500 mil), ao planejamento familiar neonatal, para a compra de leite especial (R$ 224 mil) e para a construção do Hospital Dia (R$ 2 milhões).
Na opinião do vereador Antonio Battisti, anular itens do orçamento para programas essenciais é falta de planejamento.“Não (se pode) tirar verba de medicamento e do leite”, disse.
Orvino Coelho de Ávila (PP) reclamou que as informações do projeto estavam truncadas. “Nós ficamos numa situação complicada, pois vão dizer que não comprou remédios e não pagou funcionários (porque a Câmara não votou)”.
João Rogério de Farias (PTB) disse que votou contra “porque não tem medicamento e nem leite nos postos de saúde”, e que a anulação de verbas para essas aquisições “prejudica o povo”.
Clara Bernardes (PSDB), votou favorável e disse acreditar que “tenha ficado uma reserva para suprir as necessidades do município”.
Neri Osvaldo do Amaral (PMDB) também se posicionou contra as anulações: “Estão sendo anulados R$ 70 mil para a compra de preservativos, mas nos postos de saúde não existem preservativos”, questionou.
Edio Vieira (PSDB) votou favorável e justificou: “Diante das dúvidas, vou votar favorável para que (depois) a Câmara não seja sacrificada por não pagar em dia o salário dos servidores”, justificou.
Amauri Valdemar da Silva (PTB) também posicionou-se contrário às anulações de verbas: “Estão tirando dinheiro de rubricas que são para medicamentos básicos. Se houve erro de R$ 5 milhões no cálculo (da Saúde) para o pagamento de salários dos funcionários, alguma coisa tem”, afirmou.
Fonte: FLORIPANEWS.COM.BR - Câmara Municipal São José - 20-12-2007