No dia 14 de dezembro de 2007, os 40 médicos do Programa de Saúde da Família (PSF) e alguns efetivos, do município de São José, decidiram parar gradativamente suas atividades (estavam em estado de greve ), devido às dificuldades enfrentadas, uma delas é a atenção básica aos pacientes. Entre as reivindicações estavam reajuste salarial aos médicos do PSF, com base no valor indicado pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM), com piso salarial de R$ 3.481,76, para 20 horas semanais, aumento no número de Equipes de Saúde da Família, de médicos especialistas (clínicos gerais, ginecologistas, pediatras e odontólogos), que se encontram escassos, devido a baixa remuneração, sobrecarregando os profissionais que já trabalham na rede. Ainda, a incorporação de vale refeição ao salário, capacitação para os funcionários de saúde, formação de uma diretoria médica (inexistente no município), material básico de consumo (papel higiênico, água, medicações básicos).
Quase um mês depois a situação permanece parecida. A única diferença é que depois de inúmeras tentativas de negociação o Prefeito de São José, Fernando Melquíades Elias, encaminhou, a Câmara dos Vereadores, um projeto oferecendo salário de R$ 6.200,00 na carteira (bruto), valor não condizente ao solicitado pelos profissionais. Segundo os médicos, o projeto não foi votado ainda na Câmara.
Mesmo continuando em estado de greve (até o dia 19/01), os médicos do PSF retornaram a suas atividades habituais, devido às ameaças que receberam. Mas se até esta data nada for resolvido eles irão paralisar definitivamente (quer dizer 30% das atividades estarão normais).
Caso o projeto seja aprovado, os profissionais aceitarão o piso oferecido, já que 2008 é um ano eleitoral e nada será modificado. Mas, passado este período, retornaram a exigir seus direitos.
Fonte: SIMESC - 11-01-2008