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HU reduz a mortalidade

Uma série de medidas para reduzir a mortalidade materna e neonatal tem resultados positivos na Maternidade do Hospital Universitário (HU), na Capital, que completou 12 anos em 2007, trazendo em torno de 19 mil bebês ao mundo.
Comparado à média brasileira, a instituição pública é referência, até para o Ministério da Saúde, com números baixos de mortalidade - uma morte materna a cada 100 mil bebês nascidos vivos, enquanto a média no Brasil é de 79 mulheres para 100 mil nascidos vivos, e cerca de 5% de mortes neonatais acima de 32 semanas.
Na contracorrente do país, que tem o maior índice de cesarianas do mundo, vem difundindo o parto normal, que já representa 70% dos nascimentos e, em especial, o realizado na posição vertical, o chamado parto de cócoras.
Marcos Leite, médico obstetra e assessor do Ministério da Saúde no Pacto Nacional para Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, disse que a Maternidade do HU tem priorizado a mulher, respeitando a família, o direito de escolher os acompanhantes e uma série de ações no sentido de humanizar o atendimento, desde a utilização de métodos não farmacológicos (sem medicamentos) para aliviar a dor e acelerar o trabalho de parto, até a criação de grupos de encontro de gestantes e "casais grávidos".
- Não separamos o bebê da mãe em nenhum momento, a não ser para os exames. Em geral, a primeira mamada é logo após o parto e funciona como um incentivo ao aleitamento materno - explicou o médico.
A instituição também extinguiu práticas como raspagem, lavagem intestinal e corte do períneo antes do nascimento e até manter a mulher deitada na cama antes do parto.
- As mães são incentivadas a fazer pequenas caminhadas para aliviar a dor - disse.

Fonte: Diário Catarinense - 27-12-2007


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