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Hospital São José - Tratamento de câncer interrompido

O setor de radioterapia do Hospital São José está desde sexta-feira sem atender pacientes porque uma peça do aparelho, chamado bomba de cobalto, quebrou. A previsão é de que o equipamento usado para tratar pessoas com câncer seja inspecionado hoje, segundo o radioterapeuta Ricardo Polli.
A peça usada no controle dos movimentos do aparelho apresentou um defeito na noite de quinta-feira, de acordo com a física do setor, Aline Felizardo Gonçalves. Uma peça de reserva foi usada, mas não resolveu o problema. Como não há assistência técnica em Santa Catarina, o hospital teve de encaminhar uma requisição a São Paulo. "Os técnicos é que dirão se a máquina pode voltar a funcionar a partir de hoje", diz Polli.

Números
60 pacientes passam por radioterapia em Joinville por dia.
O Estado dispõe de cinco centros de radioterapia (Chapecó, Blumenau, Joinville e dois na Capital). 

Pacientes que teriam seções de radioterapia desde a sexta-feira foram avisados do problema e devem voltar ao tratamento assim que a máquina for consertada. "Temos uma agenda com os contatos de quem se trata aqui, até porque muita gente vem de outros municípios", diz Aline, responsável pelo controle de qualidade e cálculos técnicos do aparelho.
Joinville é uma das quatro cidades em Santa Catarina que dispõem de serviço de radioterapia. Segundo o radioterapeuta Polli, a suspensão do tratamento por alguns dias não compromete os pacientes. "Há uma compensação quando eles voltam", diz. O tratamento é diário e dura, em média, entre 30 e 35 dias.
A transferência de pacientes para outras cidades só ocorre quando o tratamento for suspenso por mais de uma semana. A ação se dá por meio da radiação emitida por uma pastilha de cobalto 66 (material radioativo). O tratamento é localizado e considerado menos agressivo que a quimioterapia.
São cerca de 60 atendimentos diários, de segunda a sexta-feira, entre 6h45 e 19h45, ou seja, 13 horas por dia em funcionamento. "Eventualmente, há problemas com as partes que se movimentam. Mas quando percebemos qualquer sinal, já acionamos a assistência, para evitar defeitos mais graves", diz a física. A contratação de um técnico para atender apenas o hospital não faria sentido, segundo ela, porque os problemas não são freqüentes.
Apesar de o aparelho ter 17 anos (foi instalado em 1991, na inauguração do setor), o radioterapeuta diz que ele não pode ser considerado velho ou sucateado e que está em plenas condições de uso. "O ideal seria ter uma segunda máquina. Mas a que temos ainda servirá por um bom tempo", ressalta.

Fonte: Jornal AN Capital - 29-01-2008


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