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Hospital parece abandonado

Moradores e entidades representativas da região continental de Florianópolis programam mobilização para reivindicar melhorias no Hospital Florianópolis. Ontem, cerca de 20 pessoas se reuniram para discutir estratégias e uma comissão foi formada para conferir a rotina e os problemas na instituição hospitalar in loco. Um manifesto será redigido a partir das informações coletadas e entregue à população, às secretarias de Saúde estadual e municipal e ao Ministério Público no dia 3 de março, data marcada também para manifestação do grupo nas ruas e em frente ao hospital.
O Hospital Florianópolis atualmente atende cerca de 600 pessoas por dia, sendo que 250 somente na emergência, setor que conta com uma equipe de um clínico geral, um cirurgião, um anestesista e um pediatra permanentemente. A instituição de porte médio tem um público predominantemente de Florianópolis: 46% dos atendimentos. Os outros 54% se dividem entre os demais municípios da Grande Florianópolis, com destaque para São José, que fica com a maior fatia, 32% dos atendimentos.
O problema, segundo o superintendente dos hospitais públicos estaduais, Lester Pereira, é a demanda que cresce sem parar. “Chamamos mais dois médicos, e vamos chamar mais dois para a clínica médica”, diz. “Temos que pensar um pouco mais à frente, e as prefeituras da Grande Florianópolis precisam entrar no esquema de Florianópolis, que tem atendimento das 8h às 22h, o que no ajudaria muito”, observa.

Faltam médicos
Em julho de 2007, profissionais contratados em caráter temporário da Secretaria de Saúde foram dispensados. Com isso, houve uma queda no número de atendimentos aos usuários do Sistema Único de Saúde e sobraram reclamações. Há suspeitas de que o déficit do número de profissionais tenha sido mantido. “O maior problema é a falta de profissionais”, diz a coordenadora regional do Continente II da Ufeco (União Florianopolitana das Entidades Comunitárias), Maria Catarina Machado.
No entanto, Lester Pereira descarta a situação. “Já chagamos no número de profissionais que existia, mas precisamos mais quatro profissionais em conseqüência da demanda”, informa.

Fonte: Notícias do Dia - 22-02-2008


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