O vice-prefeito e presidente do Conselho Administrativo do Hospital São José, Rodrigo Bornholdt, propôs uma sindicância para investigar a hipótese de haver algum tipo de favorecimento no pagamento de fornecedores da unidade. O esquema de favorecimento levou o Ministério Público a pedir a prisão do ex-secretário da Saúde Norival Silva. Os membros do conselho rejeitaram a proposta por "falta de fatos concretos" que liguem o São José às investigações deflagradas há duas semanas.
Bornholdt afirmou que uma sindicância deveria ser aberta porque as denúncias podem chegar até o hospital municipal. "Foram requisitados e apreendidos documentos da Secretaria de Saúde. Isso é um fato grave", disse.
Para o presidente do conselho, a intenção era rever os contratos com fornecedores de medicamentos para o São José por meio de uma investigação, e não um processo administrativo. "Não pedi para acusar alguém, como num processo judicial. Mas (abrir a sindicância) seria fazer o mínimo pela moralidade", argumenta.
Inicialmente, a proposta de abertura de sindicância foi levada ao Conselho Municipal de Saúde no início da semana, também sem sucesso. Um dos membros do conselho, Luiz José Ladislau Silva, disse que faltam fatos concretos que liguem o hospital ao esquema. "Nossa posição é de aguardar as investigações." Uma comissão do conselho municipal irá redigir um documento como manifesto oficial da entidade, no qual será reafirmada a negativa de investigações dentro do sistema de saúde pública em Joinville.
O secretário interino da Saúde, Cromácio José da Rosa, elogiou a decisão do conselho. "Todos os documentos solicitados foram entregues ao Ministério Público na segunda-feira. Se houver irregularidade, alguém será acionado", diz. Em entrevista coletiva na semana passada, o prefeito Marco Tebaldi já havia anunciado que não iria abrir qualquer tipo de investigação na Secretaria Municipal de Saúde.
Fonte: Ascom/Assessoria de Imprensa - 01-02-2008