#

SIMESC apresenta sugestões para hospitais públicos catarinenses

 Dirigentes do SIMESC receberam na noite de quarta-feira (16/05), representantes do Comitê de Gestão Hospitalar e consultores da empresa alemã Roland Berger, na sede da entidade, em Florianópolis. Na reunião foi apresentado aos diretores do Sindicato o Plano Estratégico de Gestão da Saúde, que tem como proposta elevar a padrões de referência do serviço oferecido à população catarinense com a transformação do modelo de gestão dos 14 hospitais estaduais. O trabalho deve ser concluído em setembro com acompanhamento posterior de um ano.
De acordo com o secretário de Estado da Fazenda, Antônio Gavazzoni, a proposta não é reduzir custos. “O diferencial desse trabalho é a quebra de paradigmas que se dará com esse olhar externo, especializado, que se espelha nas melhores práticas do mundo em gestão da saúde e que nos ajudará a dar o melhor destino possível aos recursos. Os números mostram que a cada ano aumentam significativamente os recursos aplicados na saúde. Temos profissionais comprometidos, mas ainda assim o Estado não está atendendo a contento as necessidades do cidadão. Comprovadamente, o modelo de gestão e os processos estão ultrapassados. É aí que vamos atacar”, explicou.
O presidente do SIMESC, Cyro Soncini informou sobre a necessidade de atacar os pontos que fazem com que a estrutura de saúde apresente falhas. “A tabela SUS, a falta de recursos humanos são duas situações a serem combatidas. É preciso ver as gratificações de produtividade para incentivar ainda mais os médicos a cumprirem metas, a participarem de mutirões. Nossa proposta é sempre contribuir para que nossos pacientes recebam sempre atendimento de qualidade”, frisou.
O diretor adjunto de Assuntos Jurídicos do SIMESC, Leopoldo Back citou que modelos de valorização profissional como o da FAHECE incentivam os médicos a manterem o vínculo com a rede pública. “Não existe má vontade do médico em trabalhar. Existem contratos que muitas vezes não incentivam o médico a garantir a ter a melhor produtividade”, justificou.
Sobre investimentos, o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira informou que em 2012 a receita do SUS para os 14 hospitais foi de R$ 130 milhões. “O aporte do governo do Estado foi superior a R$ 550 milhões. São recursos altos que de alguma maneira têm que garantir um serviço de saúde mais eficiente e com mais qualidade”, disse.
O secretário adjunto da Saúde, Acélio Casagrande reforçou que o Plano de Gestão da Saúde quer melhorar a gestão de saúde e para isso, serão estabelecidos métodos de trabalho. “Temos condições de ser competitivos, inclusive em relação aos hospitais particulares e estaremos indignados enquanto um paciente não puder ser atendido em boas condições”, informou.
Além do SIMESC, outras entidades estão sendo ouvidas e servidores estão sendo consultados pela equipe da Roland Berger. “Somos a favor de toda iniciativa que demonstre a vontade para mudar uma realidade que hoje tem deixado a desejar não só para os pacientes, como vem sendo noticiado frequentemente pela imprensa, mas também para os servidores, que são a mola que impulsiona esse sistema de saúde. Continuamos abertos a propostas, sugestões, como sempre estivemos”, encerra Cyro Soncini.


  • d8ce9cceec894d7bb264b210320a1365.jpg
    d8ce9cceec894d7bb264b210320a1365.jpg
  • 23ef18cc77534169bb5b49f79046c333.jpg
    23ef18cc77534169bb5b49f79046c333.jpg
  •