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Desconto ilegal: prefeitura pede novo prazo para médicos

Presidente do SIMESC afirma que os médicos não saem totalmente satisfeitos com o resultado da reunião

Tendo em vista a necessidade de avaliar o impacto da arrecadação do IPTU 2015, o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior pediu aos dirigentes do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC) e médicos que participaram da reunião na tarde desta terça-feira na prefeitura, que aguardem até a primeira quinzena de abril para terem uma resposta definitiva a respeito da suspensão do desconto ilegal praticado há mais de 10 anos nas gratificações PSF, de especialidades médicas e de urgência e emergência médicas. Esse desconto é o principal responsável pela saída de médicos do serviço municipal e pela solicitação de redução de carga horária dos especialistas.
"Tivemos o cuidado de fazer o levantamento no Diário Oficial e nos últimos oito meses 24 médicos pediram exoneração e dos 70 nomeados em concurso público, 40 desistiram. Somamos também seis aposentadorias. Temos ai 70 médicos fora do serviço municipal. A maioria porque não suportou mais o desconto que ultrapassa R$ 2 mil mensais", relata o diretor do SIMESC e diretor clínico da prefeitura, Renato Figueiredo.
O presidente do SIMESC, Cyro Soncini disse que a proposta é aceitável mas sabe que os médicos não saem totalmente satisfeitos porque aguardam há muitos anos para a solução dessa situação. "Esse problema incorre em uma série de fatores, que vai do não preenchimento do quadro de médicos da prefeitura e um agravante: a rotatividade de profissionais. O paciente vai hoje consultar com um médico e não o encontra na próxima consulta porque ele não faz mais parte do quadro municipal. O vínculo médico-paciente é muito importante e isso está sendo comprometido também por conta desse desconto".
O prefeito César Souza Júnior reconhece que "a desoneração é necessária, é importante, é justa e a gente vai fazer. Mas eu preciso da estabilização da arrecadação e o fato novo é a arrecadação do IPTU", declarou.
Compromisso antigo
Antes de encerrar a reunião, Renato Figueiredo lembrou ao prefeito que uma comissão de médicos auxiliou no estudo de uma proposta para que a desoneração fosse suspensa sem que causasse grande impacto nas contas da prefeitura. "Esses dados foram levantados, propomos que inicialmente fosse suspenso o desconto da insalubridade mas vimos tudo isso frustrado há dois anos quando o processo não foi levado adiante por conta da questão da arrecadação. Esperamos que a solução para a recuperação da remuneração médica se dê ainda em 2015, pois sabemos que em 2016, por ser o último ano de mandato, as dificuldades são maiores em decorrência da Lei Eleitoral e da Lei de Responsabilidade Fiscal”. frisou.
O prefeito lembrou que durante a campanha esteve reunido com os dirigentes do SIMESC para tratar desse assunto. Até aquele momento, os médicos haviam realizado várias manifestações e suspensões de atendimento em busca do fim do desconto ilegal. "Um projeto de lei que suspenderia o desconto foi encaminhado para a Câmara de Vereadores, mas não foi aprovado por ter colidido com a lei eleitoral", conclui Cyro Soncini.

Galeria de fotos AQUI / Confira o que a imprensa veiculou sobre o assunto AQUI.

 


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