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Florianópolis: médicos participam de mobilização e assembleia nesta quinta-feira

 Consultas não serão realizadas e população que precisar de atendimento deve procurar as UPAs ou emergências dos hospitais. Atendimento volta ao normal a partir de sexta-feira.
Os médicos do sistema municipal de saúde participam nesta quinta-feira (23/02) de mobilização em frente à sede da prefeitura de Florianópolis a partir das 14h30 para apoiar os representantes sindicais que têm reunião na secretaria de Governo para tentar mais uma vez a suspensão do desconto ilegal na gratificação do Programa de Saúde da Família (PSF) e para terem reafirmado o aumento em 15% retroativa a janeiro de 2012. Após a mobilização os médicos participam de assembleia no hotel Floph, a partir das 17h. Durante a tarde estarão suspensos os atendimentos nos mais de 50 postos de saúde da capital catarinense.
“Os postos de saúde não realizam atendimento de urgência e emergência, mas mesmo assim, quem precisar de atendimento terá as UPAs norte e sul e também as emergências dos hospitais para buscar atendimento”, alerta o secretário Geral do SIMESC, César Ferraresi.
De acordo com Ferraresi, a suspensão do desconto ilegal é um dos motivos da evasão dos médicos do sistema municipal de saúde. “O desconto ilegal que está sendo realizado na gratificação do PSF gera um problema sério para a população que fica desistida. Quanto temos ouvido nos últimos tempos de demora de atendimento, de falta de especialistas? Os médicos não ficam e os que ficam acabam sobrecarregados e em pouco tempo também desistem. Se conseguirmos suspender esse desconto e o garantirmos o aumento de 15% na gratificação, tornaremos a atividade na prefeitura de Florianópolis mais atrativa para o médico e mais confortável para o paciente”, acrescenta César.
De acordo com o secretário Geral do SIMESC a situação dificulta a criação do vínculo médico-paciente. “O paciente que inicia um tratamento num determinado posto de saúde não sabe se na próxima consulta poderá dar continuidade a seu tratamento com o mesmo médico. Nos últimos meses pelo menos 100 médicos romperam o contrato com a prefeitura. Nesse período, cinco processos seletivos foram realizados. Precisamos de uma ação imediata da prefeitura para garantirmos a qualidade de atendimento à população”, reforça.
Conforme o assessor jurídico do SIMESC, Ângelo Strzalkowski Kniss, a prefeitura reconheceu a ilegalidade da situação. "O médico da prefeitura hoje recebe a gratificação do PSF menos o salário, menos a insalubridade e menos os valores por tempo de serviço. O que era para ser somado é descontado! Sendo assim, o médico que tem hoje 20 anos de casa acaba recebendo menos do que um que acabou de ser efetivado. Só que com o passar do tempo, ao invés desse médico que recém entrou ganhar mais, ele vai ver seu salário sendo reduzido sem justificativa”, conclui o advogado.
Além dos diretores e assessors do SIMESC, participam da reunião com o secretário de Governo Gean Loureiro, o secretário de Saúde, João José Cândido da Silva e o secretário de Administração Sandro Ricardo Fernandes, os representantes do corpo clínico da prefeitura


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