Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira (07/03), os médicos da prefeitura de Florianópolis decidiram suspender os atendimentos nos mais de 50 postos de saúde do município no dia 21 de março (quarta-feira). Nesta data os médicos reforçarão o atendimento nas Unidades Pronto Atendimento (UPAS).
“A decisão foi tomada porque na tarde da paralisação em fevereiro, houve uma sobrecarga de atendimento nas UPAs. A nossa mobilização não é para prejudicar a população que já sofre pela falta de médicos. Essa atividade vai mostrar que mais médicos na rede municipal vai agilizar o atendimento”, diz Fábio Schneider, vice-diretor clínico da secretaria municipal de Saúde.
A paralisação dos médicos será a terceira em menos de um mês. A categoria negocia a suspensão de desconto ilegal na gratificação do Programa de Saúde da Família (PSF) e o reajuste de 15% na mesma gratificação. A conversa iniciou em maio do ano passado na secretaria municipal de Saúde e hoje envolve as secretarias de Governo, Administração, Planejamento, Finanças, Saúde e Procuradoria Geral do município.
No dia 21, os médicos encerram as atividades com uma manifestação em frente à secretaria municipal de Saúde.
Panfletagem e reunião
Os médicos da prefeitura de Florianópolis, que suspenderam o atendimento na tarde desta quarta-feira (07/03) nos mais de 50 postos de saúde, realizaram uma panfletagem em frente à sede da administração municipal. O local foi o escolhido porque enquanto eles apresentavam à população os motivos da segunda suspensão de atividades em duas semanas, representantes do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC) e dirigentes do corpo clínico realizavam mais uma rodada de negociações com os secretários municipais.
“Entregamos à população uma carta explicando os motivos da suspensão dos nossos trabalhos e alertando para a falta de médicos na rede municipal, um problema que pode estar acontecendo porque o salário na prefeitura não é atrativo”, afirma o secretário geral do SIMESC, César Ferraresi.
A reunião teve a participação dos secretários de Governo (Gean Loureiro), de Administração (Sandro Ricardo Fernandes), de Finanças (Augusto Céser Hinckel) e o Procurador do município (Jaime de Souza) e Saúde (Clécio Antônio Espezim). Em relação à suspensão do desconto ilegal, ficou decidido que o assessor jurídico do SIMESC, Ângelo Knissi discutirá com o procurador a nova redação do decreto 441/98, que mal interpretado, pode estar provocando o desconto ilegal.
Sobre o reajuste na gratificação, os secretários pediram para aguardar as negociações da data base dos servidores municipais.
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