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Médicos realizam ação educativa e reforçam atendimento nas UPAs

 Os médicos realizam a partir das 15h desta quarta-feira (21/03), mobilização em frente à secretaria municipal de Saúde, na Trindade. Às 17h, no mesmo local, realizam assembleia geral para definir rumos do movimento.
Os médicos da prefeitura de Florianópolis realizam hoje (21/03) a terceira suspensão de atendimentos nos postos d saúde da rede municipal este ano. A mobilização desta vez é diferente das anteriores uma vez que os médicos estão desde o início da manhã mobilizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) norte e sul onde realizam ação educativa e também reforçam o atendimento.
“Tomamos essa medida porque nas outras duas paralisações houve um acréscimo significativo de atendimento nas UPAs por causa da suspensão das atividades nos postos. Como as UPAs não podem parar por ser um serviço de urgência, viemos reforçar o atendimento e também realizar ações educativas com os pacientes”, informa o secretário Geral do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC), César Ferraresi.
Os médicos negociam desde maio do ano passado com a prefeitura de Florianópolis a suspensão de desconto ilegal na gratificação do Programa de Saúde da Família (PSF) e reajuste de 15% na mesma gratificação. “Esse desconto é o responsável pela rescisão de contrato de pelo menos 100 médicos em um ano meio. Sem contar que nesse mesmo período a prefeitura foi forçada a realizar processos seletivos que não conseguiram suprir essa saída de médicos da prefeitura. Trabalhamos no limite, com poucos médicos e prejudicando a população. A falta de profissionais faz com que a população espere demais para ser atendida não só nas UPAs, mas também em algumas especialidades”, lembra Ferraresi.
O dirigente sindical lembra que a saída de médicos gera outro problema. “O vínculo médico-paciente é muito importante para as duas partes. E isso hoje em Florianópolis está cada vez mais difícil. Médicos estão trocando nossa cidade por outras que remuneram melhor”, avalia.
Até o meio-dia, o movimento nas duas UPAs foi tranquilo. Os médicos dedicaram mais tempo às ações educativas. Além de informações sobre saúde, distribuíram uma carta em que detalham à população os motivos do movimento. “Não há estrutura física para colocarmos todos os médicos dos postos para atender. Mas conseguimos dar mais agilidade e auxiliar os médicos que estavam no plantão”, conclui Ferraresi.


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