Encerrou com mais de 85% de mobilização o primeiro dia de paralisação dos médicos da prefeitura de Florianópolis. Nesta quarta-feira (16/05), em assembleia, eles decidem sobre o rumo do movimento que tem como principal objetivo a suspensão do desconto ilegal praticado na gratificação do Programa de Saúde da Família (PSF).
“Percorremos as unidades de saúde hoje e verificamos que poucos médicos estão fora do movimento. Essa é a quarta paralisação realizada este ano e a que teve a maior adesão da categoria. Estamos realmente cansados de esperar pela assinatura do decreto que suspenderá o desconto que vem sendo praticado nos nossos vencimentos”, disse o médico Renato Figueiredo, diretor clínico da secretaria municipal de Saúde.
Nesta quarta os médicos mantém a suspensão dos atendimentos, que serão realizados somente nas UPAs Norte e Sul. No começo da tarde realizam panfletagem no centro de Florianópolis e assembleia no hotel Floph.
Reuniões
O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC), Cyro Soncini esteve reunido com o secretário municipal de Saúde de Florianópolis, Clésio Espezim na manhã desta terça-feira quando foi informado que a procuradoria geral do município concluiu a análise do decreto que quando assinado pelo prefeito suspenderá o desconto na gratificação do PSF.
À tarde, os médicos se reuniram em frente à Câmara de Vereadore se uma comissão foi recebida pelo presidente Jaime Tonello.
“O secretário de Saúde informou que o entendimento agora é de que a suspensão do desconto não poderá ser feito mais via decreto, mas sim por lei. O presidente da Câmara declarou que caso o executivo tenha que encaminhar um projeto de lei, isso será feito com muita agilidade para que não haja impedimentos de votação por conta da legislação eleitoral”, disse Cyro Soncini.
Os vereadores Ricardo Vieira e Renato Geske participaram da reunião e convidaram os médicos para participar de reunião ampliada da comissão de Saúde na próxima quarta-feira, 23 de maio. “Estaremos presentes sim porque é mais do que importante que esse impasse seja resolvido e assim a prefeitura possa manter uma rede de profissionais adequada para atender a população de Florianópolis”, encerrou Soncini.
Os médicos tentam desde abril do ano passado suspender o desconto ilegal na gratificação do PSF. Em 22 de março foram informados que o decreto elaborado com as secretarias de Saúde, de Administração, de Governo, de Finanças, de Planejamento e procuradoria do município iniciaria a tramitação para assinatura do prefeito, o que não ocorreu e forçou a quarta paralisação das atividades somente este ano.
Atividades:
Quarta-feira (16/05): suspensão de atendimento das consultas nos postos de saúde (as demais atividades dos postos estarão funcionando). Na parte da manhã os médicos irão reforçar o atendimento nas UPAs norte e sul. Às 11h, reunião de dirigentes do Sindicato dos Médicos e da comissão ampliada com o secretário municipal de saúde para discutir novamente sobre o decreto de desoneração. À tarde, a partir das 14h, os médicos realizam panfletagem no centro da capital (concentração em frente ao Senadinho, cruzamento da Felipe Schmidt e Deodoro). Às 16h, assembleia geral dos médicos no hotel Floph para decidir os rumos do movimento.
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