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Médicos cobram na Câmara agilidade do executivo para suspender desconto ilegal

 Profissionais do Programa de Saúde da Família (PSF), da prefeitura de Florianópolis participaram na tarde desta quarta-feira (23/05) da reunião ampliada das comissões de Saúde e Orçamento, na Câmara de Vereadores. No encontro, que teve a participação de secretários municipais, foi debatida a situação dos profissionais que reivindicam a suspensão do desconto ilegal na gratificação do PSF.
Desde o começo do ano os médicos suspenderam as consultas nos mais de 50 postos de saúde da capital por cinco vezes. Na próxima semana os serviços serão paralisados de terça a quinta-feira (29,30 e 31/05). “Estamos há mais de um não tentando negociar o cancelamento dos descontos ilegais na gratificação. Observamos que foi somente após o início das paralisações que a prefeitura mostrou vontade administrativa em resolver a questão”, afirma a médica Giovana Ribeiro.
Na semana passada foi nomeada uma comissão formada por médicos e técnicos da prefeitura que elaborará num prazo e 15 dias um projeto de lei que será encaminhado ao legislativo. Aprovada, sancionada e publicada, a nova lei regularizará a remuneração dos profissionais do PSF.
A mobilização dessa semana manteve os 90% de adesão dos médicos, que na quinta-feira (24/05) retornam ao atendimento normal. Os pacientes que deixaram de ser atendidos nos dias de mobilização tiveram as consultas remarcadas.
Mais da reunião
Na reunião, os discursos dos secretários Clécio Espezim (Saúde), Sandro Roberto Fernandes (Administração e Previdência) e Augusto Cézar Hinckel (Finanças e Planejamento), comprovaram o reconhecimento da ilegalidade da situação. “Porém precisamos sair do discurso para a prática porque esse não é um problema só dos médicos, dentistas, enfermeiros. É um problema que afeta a população de Florianópolis”, afirma o vice-diretor clínico da secretaria municipal de Saúde, Fábio Schneider.
Os vereadores Ricardo Vieira e Renato Geske garantiram que farão o possível para que o projeto de lei do executivo entre em votação no prazo previsto pela lei eleitoral. Este documento legalizará a questão das gratificações dos profissionais do PSF. “Porém até este documento estar pronto, aprovado, os médicos devem manter a mobilização”, lembra Schneider.
Atividades
Os médicos confirmarão nos próximos dias quais as atividades serão realizadas nos próximos dias de mobilização. “Certamente estaremos nas UPAs reforçando o atendimento de urgência e emergência que não pode parar e realizando panfletagem e conversas com nossos pacientes. Temos uma assembleia confirmada para o dia 31, quando iremos avaliar o que ocorreu nessas duas semanas e definir os rumos do movimento”, encerra Fábio Scheneider.


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