Diretores do SIMESC estiveram reunidos com o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior para tratar mais uma vez sobre um desconto irregular praticado na remuneração dos médicos. A oneração é verificada há mais de uma década e tem sido a responsável pela saída de médicos da rede municipal.
O prefeito havia se comprometido em dar uma resposta sobre o assunto em abril, mas dependia da arrecadação do IPTU 2015. "Estamos fechando o quadrimestre e isso deve acontecer nos próximos dias. Com esses dados em mãos, vamos saber sobre nosso cálculo de comprometimento de folha e então poderemos conversar. Eu acredito que tenha baixado em relação ao último quadrimestre e isso nos abre a possibilidade de negociar sem ultrapassar o limite prudencial", explicou o prefeito, pedindo mais um prazo para voltar a conversar sobre a questão dos médicos.
De acordo com estudos feitos pelos médicos do município, o novo Plano de Cargos e Salários aprovado pelo legislativo municipal trará benefícios financeiros aos médicos (se houver enquadramento correto) e garantirá a suspensão dos descontos ilegais ora praticados. "Se o desconto ilegal for suspenso por conta do plano, isso será positivo", destaca o presidente do SIMESC, Cyro Soncini. "Isso não significa dizer que abandonaremos a nossa luta em busca de uma remuneração melhor, que incentive a permanência dos médicos na rede pública municipal", acrescenta.
O prefeito reafirmou a posição que mantém com o Sindicato desde que assumiu há quase dois anos e meio. "Meu compromisso é terminar esse mandato com o maior salário da região, nem que seja por pouco. É um compromisso meu e do Daniel (Daniel Moutinho, secretário municipal de Saúde). A gente vai chegar lá", garante.
De acordo com o tesoureiro geral do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa, o SIMESC aceitou aguardar esse novo contato da prefeitura a respeito do levantamento do quadrimestre. "Todos sabemos da queda de arrecadação de IPTU, IPVA e ITBI, mas também sabemos da recuperação a partir de abril. Nosso pedido está relacionado a recursos. Temos que aguardar essa resposta e continuar a postos nas negociações", sugere.
O 1º tesoureiro do SIMESC, Fábio Schneider reforça que os médicos da rede municipal continuam insatisfeitos e pedindo demissão. "Os aprovados em concurso não estão assumindo pois o salário não é adequado. Avalio que o prefeito não honrou o prometido, que em abril teria uma resposta para esta situação e agora novamente posterga a resposta mostrando que o seu interesse pelos médicos que fazem de Florianópolis a melhor capital de saúde do Brasil, está aquém do merecimento dos mesmos".
Daniel Moutinho, secretário municipal de Saúde, também participou da reunião e coloca-se novamente como intermediador dessa negociação do Sindicato com o prefeito.
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