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Médicos de Florianópolis mantém assembleia aberta até a próxima sexta-feira e decidem por Estado de Greve

Os médicos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis em assembleia geral realizada na terça-feira (26/05), no hotel Floph, na capital deliberaram por manter a assembleia aberta até às 15h de sexta-feira (29/05), quando irão discutir encaminhamentos. Nesta data, no período da tarde os atendimentos nas unidades de saúde não urgentes e não emergenciais serão suspensos. Deliberaram também por permanecerem em Estado de Greve.
Os médicos solicitam que haja o enquadramento imediato na implantação da Lei Complementar 503, que trata do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos dos servidores municipais. De acordo com estudos feitos pelos médicos, se o enquadramento funcional for correto, o Plano garantirá a suspensão dos descontos ilegais praticados há mais de uma década na folha de pagamento dos profissionais.
“O Sindicato dos Médicos tem uma nova reunião com o prefeito Cesar Souza Junior nesta quarta-feira, às 15h30 quando os assuntos em pauta serão debatidos. Esperamos ter as informações necessárias para que não tenhamos que adotar atitudes mais drásticas”, afirma o presidente do SIMESC, Cyro Soncini.
Moção
Os médicos também decidiram por moção de apoio aos servidores municipais em greve, muitos dos quais médicos do município e aos professores estaduais em greve.
Déficit de médicos
Por conta do desconto na remuneração dos médicos, muitos profissionais deixaram o serviço na capital. De acordo com levantamento no Diário Oficial, de julho de 2014 até o dia 19 de fevereiro deste ano foram somadas 24 exonerações e dos 70 médicos nomeados em concurso público, 40 desistiram. Além disso, houve seis aposentadorias, o que contribui para a falta de médicos na rede municipal de Florianópolis.
Carência de especialistas
Mais de 70% dos especialistas concursados estão com a carga horária reduzida ou já pediram licença, o que prejudica no número de atendimentos à população. “Alguns especialistas atuam em UPAs e o regime não permite a redução da carga horária, se não também teriam feito”, afirma o vice-presidente do SIMESC, César Ferraresi.

 


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