Os médicos da prefeitura de Florianópolis decidiram em assembleia realizada na noite de quarta-feira (09/05) suspender os atendimentos nos postos de saúde da capital na terça e quarta-feira da semana que vem (15 e 16 de maio). Serão mantidos os atendimentos nas UPAs, os atendimentos de urgência e emergência e tratamentos que não podem ser interrompidos.
A mobilização ocorrerá quase dois meses após os médicos terem redigido em conjunto com os dirigentes municipais o decreto que suspende o desconto illegal na gratificação do Programa de Saúde da Família (PSF).
“Como o decreto ainda não foi assinado pelo prefeito municipal, aos médicos não coube outra alternativa que não fosse decider por uma nova mobilização,” afirma o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC), Cyro Soncini.
O dirigente sindical lembra que o desconto ilegal, atrelado ao baixo salário pago pelo município é o responsável pela evasão de médicos da secretaria municipal de Saúde.
“Em um ano mais de 100 médicos rescindiram contrato com o município. Nesse mesmo período foram realizados seis processos seletivos, porém as vagas não foram preenchidas”, acrescenta Soncini.
Atividades
Na terça-feira (15/05), os médicos percorrerão os postos de saúde e também as UPAs para conversar com os médicos que não aderiram ao movimento e também conversar com os pacientes sobre a situação.
A partir das 15h, os médicos realizam concentração em frente à Câmara de Vereadores.
Na quarta-feira (16/05), os médicos retornam às unidades municipais de saúde e no período da tarde fazem panfletagem no centro de Florianópolis.
Às 18h30 de quarta, os médicos participam de nova assembleia para decidir o rumo do movimento.
“Esperamos ir para essa assembleia na semana que vem com a situação resolvida”, conclui Cyro Soncini.
Outros movimentos para pressionar a prefeitura a suspender o desconto na gratificação foram realizados esse ano com suspensão de atendimento nos postos de saúde e reforço de atendimento nas UPAs.