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SIMESC reafirma apoio aos médicos residentes

Os médicos residentes em Santa Catarina, acompanhando o movimento nacional, paralisaram suas atividades no dia 17 de agosto deste ano, com a preocupação de manter 30% das atividades consideradas essenciais. Desde aquela data, a associação nacional que os representa, vem tentando negociar com o Governo Federal, mais especificamente com os ministros da Saúde e da Educação, infrutiferamente. Mesmo com o apoio explícito da Federação Nacional dos Médicos, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Brasileira, os residentes não conseguiram, até agora, sensibilizar os gestores supracitados.
As suas justas reivindicações - reajuste imediato de 38,7% no valor da bolsa, pagamento dos auxílios moradia e alimentação, instituição da gratificação natalina, fixação de data base anual e licença maternidade de seis meses - precisam ser atendidas com presteza, o que já ocorre parcialmente em algumas unidades não-governamentais. Os colegas residentes enfrentam uma carga de atividades de grande monta, algumas vezes excessiva e, por sonegação de contratações por parte dos gestores, ainda são abusados como 'mão-de-obra barata'. Além do aprendizado especifico, eles nada têm a comemorar...
Ante estes fatos, impelidos pela morosidade do governo e reunidos em assembléia geral, decidiram pela intensificação do movimento, enquanto aguardam a abertura dos canais de negociação.
É chegada a hora de todos os médicos, em cargos diretivos ou não, supervisores, preceptores, professores e stafes, hipotecarem total apoio e solidariedade a estes colegas mais jovens.
Historicamente, o movimento dos médicos residentes antecipou conquistas da categoria, colocando-se na vanguarda dos acontecimentos. Foi assim em 1978, quando estimularam a primeira greve dos médicos em plena ditadura militar; também em 2001, alavancando o início da luta pela implantação da CBHPM e, em 2006, quando fortaleceram o movimento pela criação da GDPM para os médicos servidores estaduais. Ao vê-los 'correndo atrás' de seus sonhos e de suas necessidades, somos estimulados a também fazer o mesmo, criando coragem e vergonha na cara.
Este é o momento de trabalhar um pouco mais, nos auxiliarmos um pouco mais e reclamarmos um pouco menos.
O Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina, representante legal da categoria, reafirma seu integral apoio ao movimento nacional dos médicos residentes. Mais que isso, vem lembrar que o médico deverá ser solidário com os movimentos em defesa da dignidade profissional, seja por remuneração digna e justa, seja por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético profissional da Medicina e seu aprimoramento técnico-científico.
Temos a certeza que, superado este momento de impasse e dificuldades para os médicos e para a população assistida, 'o sol voltara a brilhar'.

 

A Diretoria


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