A manhã de sábado foi de muito debate no 17º Fórum das Entidades Médicas de Santa Catarina (FEMESC), em Brusque, quando os médicos propuseram explanar seus motivos em relação às eleições 2014. O evento é promovido anualmente pelo Conselho Superior das Entidades Médicas (COSEMESC)
Com a participação do presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino de Araújo Cardoso Filho, o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC) e coordenador do COSEMSC, Cyro Soncini, coordenou os trabalhos que iniciaram com a apresentação do médico José Aluísio Vieira, o Dr Xuxo, da Fundação Pró-Rim. ‘É vergonhoso termos o sétimo PIB do mundo e ocuparmos o 72º lugar em saúde pública no mundo. É uma das provas de que não precisamos mais desse governo”, enfatizou.
O deputado estadual Antônio Aguiar, que é médico e está em seu quarto mandato, lembrou que apesar de seu partido, o PMDB, ocupar a vice-presidência da República, “tenho compromisso com os médicos e com a população do meu Estado. Os estrangeiros trazidos para disfarçar a incompetência governamental, vulgarizam a nossa profissão. Ignoraram o Revalida, que é a maior ato que nós temos para que o conhecimento seja reconhecido. E esse direito foi tirado da sociedade”.
O médico gaúcho Gilberto Mauro Scopel de Moraes frisou que o atual governo, na tentativa de justificar seus erros e a falta de investimentos em saúde, promove uma campanha difamatória contra a categoria médica. “Somos apontados como culpados, mercenários, insensíveis e irresponsáveis. Nós, médicos, somos 420 mil brasileiros que devemos ser a trocados a toque de caixa por estrangeiros? Para eles nós não temos passado e nem futuro. Mas valorizam intercambistas que na verdade são práticos licenciados como aqueles trazidos da Europa há 100 anos antes de organizarmos a medicina no país”.
O diretor do hospital infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis, Murilo Ronald Capella, reforçou a importância das entidades médicas em apoiarem os médicos que ingressam ou que estão na vida pública. “Médicos compromissados com nossas ideias poderão transformá-las em leis de forma supra-partidária”. Cyro Soncini lembrou que tanto o Sindicato quanto a ACM apoia os candidatos mas admite que este ano ampliará o debate.
Movimento nacional
O presidente da AMB, Florentino Cardoso Filho frisou que as entidades médicas nacionais estão unidas contra a campanha difamatória que o governo tem feito contra a categoria. “Eles estão tentando, mas nós somos muito respeitados. Tem gente inteligente no governo. Apesar de ser uma inteligência enviesada. E a saúde vem piorando na avaliação. Se o governo tem na saúde sua pior avaliação, os alvos que o governo colocou é coisa de gente inteligente. “A avaliação da saúde vem piorando nos últimos anos. Se o governo tem cada vez pior avaliação na saúde, o alvo que o governo colocou é coisa de gente inteligente, apesar de ser uma inteligência enviesada. Saúde é nosso bem maior. Se a classe médica brasileira tem extrema credibilidade, por que não associar esse caos instalado na saúde pública dizendo que faltam médicos no Brasil, que os médicos não querem os estrangeiros, que os médicos brasileiros são elitistas e só querem atender os riscos?”, indagou.
Florentino frisou que a atual governante do país é a grande responsável por fazer os médicos hoje estarem discutindo política. “Ela merece nosso obrigado. Fomos persuadidos, motivados em diferentes momentos para participar e sempre nos preocupamos em sermos médicos. Hoje, com toda essa movimentação, essa provocação uniu os médicos e trouxe à tona a força que nós sabemos que temos de lutar por um país verdadeiramente de direito e democrático. Esse governo mente descaradamente e não é aceitável mais essa situação”.
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