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Fechamento do hospital de Fraiburgo coloca em risco atividade médica e saúde da população

 As consequências do fechamento do hospital Divino Espírito Santo, de Fraiburgo, que encerrou as atividades no dia 1º de janeiro, foi o principal assunto que reuniu os médicos da Regional Videira na sexta-feira (08/03), na cidade de Videira. O secretário Regional Agostinho Bernardi apresentou a situação que foi debatida com os demais médicos presentes à reunião. A situação é preocupante tendo em vista que o fechamento do hospital gerou aumento de demanda no atendimento em Videira sem que uma solução de atendimento na cidade vizinha tenha sido projetada a longo prazo.
O hospital foi fechado porque as irmãs da Congregação dos Santos Anjos, proprietárias e mantenedoras do hospital Divino Espírito Santo, acumulavam há cinco anos um déficit mensal de até R$ 150 mil, dívida que ultrapassa os R$ 8 milhões. “Elas chegaram até aqui movidas pela esperança de que com a nova administração municipal, teriam o apoio da prefeitura, o que infelizmente não ocorreu”, relata.
De acordo com Agostinho, a cidade de Fraiburgo tem aproximadamente 37 mil habitantes, população que aumenta nos primeiros meses do ano por causa da colheita da maçã. Consequentemente, aumenta a população que necessita de atendimento em saúde. “O prefeito recém empossado prometeu em campanha que a saúde e o saneamento básico seriam prioridade. Só que desde que foi eleito, o prefeito não esboçou nenhuma tentativa de diálogo para tentar resolver a situação do hospital”, informou o diretor do SIMESC.
Agostinho comentou que a prefeitura de Fraiburgo firmou convênio com o hospital Divno Salvador, em Videira, para atender os pacientes enviados pelos médicos do pronto-atendimento de Fraiburgo. “É um convênio com prazo determinado para ser encerrado (31 de março), uma solução paliativa que não tem um projeto a longo prazo para atender a população”, acrescenta.
O relato sobre a situação em Fraiburgo somado aos depoimentos dos médicos que trabalham em Videira vai gerar uma série de desdobramentos por parte das diretorias Executiva e Regional do SIMESC. “Não é possível aceitar esta situação. Estaremos tomando medidas nos próximos dias para garantir o atendimento médico e o acesso da população à saúde”, afirmou o presidente do Sindicato, Cyro Soncini.
O presidente da Regional, Carlos Waltrick frisou que o Sindicato estará nos próximos dias se mobilizando junto à classe médica para denunciar a situação às autoridades competentes em busca de uma solução para a situação.
Acompanharam a reunião também o diretor de comunicação e imprensa do Sindicato, Renato Polli, a presidente da Regional Caçador, Maria Lúcia Bertolini, o assessor jurídico do SIMESC, Rodrigo Machado Leal e a coordenadora Terezinha Koerich.


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