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SC Saúde e Unidas: sem nova proposta para remuneração de médicos

O Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (COSEMESC) atendeu ao pedido e participou na tarde desta quinta-feira (22/12) de uma reunião com o secretário estadual de Administração, Milton Martini, representantes do SC Saúde e representantes de associações e sindicatos de servidores públicos. O encontro serviu para que os médicos pudessem explicar aos representantes dos servidores os motivos de não aconselharem os médicos a se credenciarem ao plano estadual.

“Pudemos expor aos representantes dos servidores que qualidade de saúde começa com qualidade de remuneração. Os médicos decidiram em assembleia no começo de dezembro que só irão recomendar o credenciamento ao SC Saúde se a remuneração adotada for a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) plena vigente. Os médicos, assim como todo o trabalhador, buscam a remuneração justa. Se o governo não chegar ao que foi deliberado pela assembleia, não sairemos do lugar”, avaliou o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC), Cyro Veiga Soncini.

De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM) e coordenador do COSEMESC, Aguinel Bastian Júnior, a não adoção da CBHPM pode comprometer a capilaridade do SC Saúde. “Essa condição histórica de pagar insuficiente pelo trabalho médico precisa acabar. Precisamos ter condições atrativas para termos capilaridade. O que hoje temos é completamente aquém do razoável e do justo”, declarou.

O vice-presidente do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa lembrou que o SC Saúde não pode começar com deficiências. “Estamos falando de 180 mil pessoas que vão precisar do atendimento e dos serviços dos médicos em todo o Estado a partir de 1º de fevereiro. A indignação dos médicos observada na assembleia do dia 7 de dezembro não é com o SC Saúde. É com o valor proposto”, afirma.

O presidente do SindSaúde, Pedro Paulo das Chagas, revelou a preocupação com a forma que está sendo conduzido o processo. “Pelo que estamos podendo acompanhar o SC Saúde é um plano que não tem saúde. Temos que trabalhar muito para que ele atenda os servidores de forma saudável para que os servidores e seus familiares possam continuar com o atendimento da qualidade que estão tendo até então”, alertou.

Preocupado com a situação, o secretário Martini convocou para terça-feira (27/12), uma reunião do Conselho do SC Saúde. “Não temos proposta nova. Vamos nos reunir e ver o que podemos fazer, que proposta poderemos apresentar. Se não for possível aumentar, se não conseguirmos, paciência”.

Unidas
Os representantes médicos tiveram na noite de quarta-feira (21/12), reunião com representantes do grupo Unidas. Na pauta a mesma questão de remuneração. “A proposta em assembleia foi de adoção da CBHPM plena vigente. Eles ficaram de nos dar uma resposta. Mas está mantida a suspensão de atendimento aos planos a partir do dia 10 de janeiro de 2012”, encerrou Cyro. As entidades médicas seguem recomendando que os médicos não agendem consultas e procedimentos, incluindo cirurgias, a partir desta data para pacientes com convênio com os planos de saúde do grupo Unidas.
 


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