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Dia 25 de abril: Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde

 Os médicos de todo o Brasil realizam no dia 25 de abril o “Dia de Advertência aos Planos de Saúde”. Em Santa Catarina o Sindicato dos Médicos orienta os profissionais a cumprirem a decisão da assembleia de dezembro do ano passado: atender pacientes de planos de saúde que não negociam a remuneração médica mediante cobrança de consulta e outros procedimentos conforme a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) vigente e plena.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC), Cyro Soncini, o médico deve cobrar, por exemplo, a consulta (R$ 65), emitir recibo e orientar o paciente a buscar o ressarcimento junto à operadora e/ou garantir seus direitos junto ao Procon.
“Decretamos que 2012 é o ano do resgate da dignidade do trabalho médico. E isso passa necessariamente pela remuneração. Não é aceitável que as operadoras faturem alto em detrimento do trabalho médico”, afirma.
De acordo com Soncini, 40% dos médicos acataram a decisão da assembleia e desde 10 de janeiro só atendem os pacientes de pelo menos 25 planos de saúde mediante a cobrança de consultas e procedimentos. “Essa é uma mobilização que precisa ter o apoio da população, principalmente daquele cidadão que religiosamente paga seu plano de saúde e não consegue marcar sua consulta, seu exame. Juntos poderemos mudar esse cenário”, acredita.

O lucro dos planos de saúde aumentou 60% em sete anos
Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgados em dezembro de 2011 confirmam que há mais de 1,5 milhão de usuários de planos de saúde em Santa Catarina. Com o sistema público de saúde em franca decadência é natural que esse volume aumente consideravelmente nos próximos anos.
“Ser dono de plano de saúde se transformou em negócio perfeito para os empresários do setor. As 1.016 operadoras em atuação no Brasil faturaram até o terceiro trimestre do ano passado mais de R$ 59,5 bilhões. Muito bom para quem explora o trabalho dos médicos. Não estamos mais dispostos a bancar essa situação”, encerra Soncini.
As operadoras que não aceitam negociar remuneração em Santa Catarina são Agemed, os planos de saúde regionais e todos os planos do grupo Unidas - Assefaz, Brasil Foods, Capesesp, Cassi, Celos, Conab, Correios Saúde, Eletrosul, Elos Saúde, Embratel, Fassincra, Funservir, Geap, Petrobrás, Proasa, Pró-Saúde Alesc, Saúde Caixa, Sesef, Tractebel Energia entre outros.


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