Informação publicada em 06/02/2012
Em assembleia geral realizada na noite desta segunda-feira (06/02) na Associação Catarinense de Medicina (ACM), em Florianópolis os médicos catarinenses decidiram por maioria de presentes que os médicos estão liberados para aderir ao SC Saúde.
“Entendemos que esgotamos todas as possibilidades de negociação com a secretaria estadual de Administração e que a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) vigente e plena até dezembro de 2014 é uma grande conquista dos médicos. Colocamos em votação a desobstrução para os médicos que entenderem que a proposta é vantajosa. Pensamos no todo, não na individualidade de cada médico. Aquele médico que entender que o plano não é favorável, que opte por não se credenciar”, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos (SIMESC), Cyro Soncini.
“Santa Catarina é o primeiro Estado do Brasil onde a CBHPM vigente é implantada. Tivemos o primeiro paradigma quebrado. A tabela plena é outro paradigma que vamos quebrar futuramente”, afirma Agnel Bastian Junior, presidente da ACM e coordenador do Conselho Superior das Entidades Médicas (COSEMESC).
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina (CREMESC), Ricardo Polli, a remuneração justa significa trabalho médico com dignidade. “E também um trabalho com ética porque o médico que busca melhor remuneração está preocupado com o atendimento a seu paciente”.
Após quatro meses de intensas negociações, as entidades médicas entendem que conquistaram uma vitória para a categoria. “Negociar com o governo não é coisa fácil e o que conseguimos é emblemático. Com a adesão ao SC Saúde agora teremos condicões de lutar com os planos de saúde que nem nos chamam pra negociar”, encerra Cyro Soncini.
Os representantes nacionais Cid Carvalhaes, presidente da Federecão Nacional dos Médicos (FENAM), Roberto Luiz D’Avila, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e Murilo Ronald Capela, vice- president sul da Associacão Médica Brasileira (AMB) e Luiz Augusto Borba, president do Sindicato dos Médicos da Região Sul (SIMERSUL) também participaram do evento.
A proposta
Governo comprometeu-se em pagar CBHPM vigente, no litoral, com redutor de 18% o que resulta na consulta, por exemplo, o valor de R$ 52,68 e no interior do Estado com redutor de 3,25%, remunerando R$ 62,15% por consulta. A adoção da CBHPM vigente foi acatada e a plena será adotada em escala gradual em fevereiro de 2013, fevereiro e dezembro de 2014.
Grupo Unidas
Na mesma assembleia os médicos confirmaram que continuarão a suspensão de atendimento aos planos de saúde do grupo Unidas. Desde 10 de janeiros os médicos não atendem os mais de 20 planos administrados pela Unidas. A proposta agora, com a questão do SC Saúde resolvida é de reforçar a participação dos médicos em mais esta mobilização por melhor remuneração dos planos de saúde.
Transmissão on line
Pela primeira vez, o COSEMESC transmitiu uma assembleia pela internet em tempo real. Por meio dos sites das entidades, centenas de médicos puderam acompanhar o evento pelo computador. O objetivo foi proporcionar que os profissionais impossibilitados de comparecer ao local também recebessem informacões de forma imediata. Antes do fechamento da assembleia, mais de 4,7 mil page views haviam sido registrados com média de 100 médicos on line durante as mais de três horas que durou a assembleia.
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