Problemas na saúde pública de Joinville levaram os médicos clínicos plantonistas das Unidades de Pronto Atendimento (PAs) 24h daquela cidade a procurar o Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC). Na terça-feira (18/12) representantes da entidade estiveram reunidos com o grupo para ouvi-los e orientá-los.
Segundo o relato dramático dos médicos das três UPAs de Joinville (norte, sul e leste), as unidades estão superlotadas e inclusive com a permanência de pacientes internados que deveriam ser transferidos para unidades hospitalares. O problema se agravou com a greve dos servidores estaduais que dura quase dois meses.
Devido à falta de profissionais para atender no hospital Regional, que é referência em Joinville, o hospital São José atende acima da capacidade e muitas vezes a alternativa encontrada é enviar os pacientes para as UPAS, procedimento não adequado.
Os médicos de Joinville alegam estarem correndo risco ético profissional, assim como os pacientes correm risco de morte e por isso pediram apoio ao Sindicato dos Médicos. “O problema está em todo o Estado e é preciso que sejam tomadas providências imediatas. Como representante dos médicos vamos cobrar das autoridades a solução que começa pela contratação urgente de profissionais”, afirmou o presidente do SIMESC, Cyro Soncini.
O vice-presidente do SIMESC, César Ferraresi, reforçou a necessidade de contratar mais recursos humanos para amenizar a situação crítica que se encontram os hospitais públicos de Santa Catarina. “Tijolos e paredes não fazem atendimentos. Não adianta querer construir mais hospitais e não contratar pessoal. Com os leitos que temos fechados por falta de profissionais sendo abertos poderíamos, com certeza, ter “outro” hospital à disposição da população”, alerta.
SAMU
A coordenação do SAMU também esteve presente na reunião e apresentou o problema de regulação enfrentado pela unidade de Joinville. Quando não há vagas nos hospitais públicos também não são disponibilizadas vagas nos hospitais privados e a alternativa encontrada muitas vezes é encaminhar os pacientes até as UPAs. Sobre esse assunto, Cyro Soncini, informou que vai pedir para que o secretário de Saúde determine a internação em leitos privados nas regiões mais críticas de Santa Catarina, como é o caso de Joinville. “Os cidadãos catarinenses merecem essa atenção do Estado”, afirmou. Medidas judiciais também são avaliadas pela assessoria jurídica do SIMESC.
Além do presidente e vice-presidente do SIMESC integraram a comitiva o diretor de assuntos jurídicos, Gilberto Digiácomo da Veiga, o diretor de relações intersindicais, Fábio Schneider, o assessor jurídico Erial Lopes de Haro, a coordenadora do Sindicato Terezinha Koerich e a jornalista Camila Spolti. Também estiveram presentes na reunião a presidente Regional Joinville Tanise Balvedi Damas, a secretária Suzana Menezes de Almeida, a diretora de apoio ao médico pós graduando, Marta Artilheiro e o advogado Regional Joinville Felipe Ramos.
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