Em 20 dias após o primeiro encontro, diretores do SIMESC voltaram a se reunir com o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira. Na reunião desta sexta-feira (11/01), entre os assuntos esteve o debate sobre a falta de médicos no hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville.
“A situação é semelhante a outras unidades de saúde do Estado. A falta de médicos gera problemas de preenchimento de escalas. Pedimos ao secretário que apoie a direção daquela unidade de saúde para que na maior brevidade possível as escalas estejam funcionando sem falhas”, alertou o presidente do Sindicato dos Médicos, Cyro Soncini.
Na reunião de dezembro de 2012, Dalmo se comprometeu em realizar processo seletivo para a contratação de mais profissionais para a saúde de Joinville. O edital encerrou na quarta-feira (09/01), porém somente um médico se inscreveu. Seriam necessários pelo menos oito clínicos para o atendimento ser normalizado.
“O governo precisa resolver essa questão da contratação. Remunerar melhor e assegurar melhores condições de trabalho pode garantir a permanência dos profissionais nas unidades de saúde e o interesse deles em participar de processos seletivos”, acrescenta Cyro.
O secretário Dalmo confirmou que na segunda-feira (14/01), está confirmada reunião com o prefeito Udo Döeller, que mostrou-se disposto a contribuir para melhorar as condições de atendimento dos pacientes e trabalho dos profissionais da saúde da cidade. “E isso passa pela orientação de que os PAs, por não terem estrutura física e de pessoal, não podem mais receber pacientes para internação, como foi verificado durante a greve dos servidores da saúde no ano passado”, relatou o secretário geral do SIMESC, Roman Leon Gieburowski Jr, presente à reunião.
Atendimento
De acordo com relato feito pelo diretor técnico do Hans Dieter Schmidt, Hercílio Fronza Júnior ao secretário Dalmo, o pronto socorro realiza cerca de dois mil atendimentos por mês. Deste total, 500 são de urgência e emergência. “Organizar essa situação de atendimento pode melhorar o atendimento e as condições de trabalho. É preciso organizar porque não adianta somente referenciar o PS. Estaríamos transferindo o problema de lugar porque se os PAs não estiverem preparados para receber esse volume de pacientes, estará sendo criado um outro grave problema”, projeta Leopoldo Back, diretor adjunto de assuntos jurídicos do SIMESC, que participou do encontro.
Sugestão aos médicos
O SIMESC faz um alerta aos médicos da rede de saúde de Joinville sobre a necessidade de se organizarem. “Quanto melhor organizados os médicos estiverem, melhor será a participação deles nas ações de saúde. Que eles coloquem as reivindicações no papel e apresentem ao novo secretário municipal de saúde. Assim poderão participar do processo de melhoria da saúde da cidade. O Sindicato está à disposição para contribuir”, diz Cyro.
Em relação à regulação do SAMU, foi reforçado ao secretário Dalmo a necessidade de relembrar o termo de compromisso assinado em 2007 sobre o fluxo de pacientes. “Ainda discutiremos muito esses assuntos até que encontremos o ponto de equilíbrio. Mas dependemos muito de ações efetivas de governo para melhorar a estrutura da saúde. É preciso ir além do que só manter encontros com o governo federal. É preciso cobrar do governo federal investimentos maiores para que a saúde efetivamente apresente melhoras”, encerra Cyro.