Os médicos de Joinville confirmam a participação na mobilização nacional em defesa da saúde pública marcada para o dia 3 de julho. A partir das 10h, os profissionais estarão concentrados em frente à sede regional do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC/Joinville) e de lá seguirão em caminhada até a Praça da Bandeira.
“Convidamos os profissionais de saúde e a população para este ato de protesto em defesa de mais investimentos para a saúde pública e valorização dos profissionais de saúde”, informa a diretora do SIMESC Joinville, Tanise Damas.
A sede do SIMESC fica à rua Dona Francisca, 260 – Centro Empresarial Deville.
Em Florianópolis os médicos estarão concentrados entre as 10 e 14h em frente ao Ponto Chic, a esquina democrática da Felipe Schmidt e Tenente Silveira, no calçadão.
Saiba mais:
3 de julho: Médicos catarinenses mobilizados em defesa da saúde pública de qualidade
Seguindo orientação das entidades médicas nacionais, o Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (COSEMESC) convoca os médicos catarinenses a juntos, participarem da mobilização no dia 3 de julho, quarta-feira. A mobilização em defesa da saúde pública tem como proposta unir-se ao movimento nacional que exige saúde pública de qualidade.
Médicos, médicos residentes, acadêmicos e a população juntos poderão aumentar o coro à incompreensão das autoridades às manifestações que estão sendo realizadas nas ruas do Brasil em que são cobrados principalmente a falta de investimentos em saúde, educação e segurança.
Não bastasse a situação da falta de acesso à saúde, a falta de leitos, de medicamentos, as ambulâncias paradas por falta de combustível, as infiltrações nas paredes e as goteiras nos hospitais e postos de saúde, as longas filas para cirurgias, o governo federal pretende agora, com medidas eleitoreiras, o governo federal agora quer expor a parcela mais carente e vulnerável da população a médicos formados no exterior sem antes averiguar se estão aptos ao trabalho.
A sociedade precisa o destino dos R$ 17 bilhões do orçamento do governo federal para a saúde que não foram aplicados em 2012. O governo precisa esclarecer porque foram vetados artigos da Emenda Constitucional 29, que se tivesse sido colocada em prática, teria permitido melhorar os investimentos em saúde.
Os protestos não pedem “médicos estrangeiros”, mas um SUS público, integral, gratuito, de qualidade e acessível a todos. É preciso reconhecer que é a falta de investimentos e a gestão incompetente desse sistema que afastam os médicos brasileiros do interior e da rede pública, agravando o caos na assistência.
Conheça as ações das entidades médicas em DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA E DOS BRASILEIROS
SAÚDE + 10: coleta de assinaturas para que seja encaminhado ao Congresso Nacional um projeto de lei de iniciativa popular para que sejam encaminhados mais recursos para a saúde pública.
TABELA SUS: há 20 anos sem reajuste, a defasagem da tabela SUS é um dos principais motivos da ausência de profissionais nas regiões mais desprovidas de atendimento em saúde e também responsável pelas filas e sucateamento dos hospitais brasileiros.
PEC 454: delegados, juízes e promotores de justiça não se incomodam de morar nos lugares mais longínquos do país. A carreira de estado permite que eles tenham garantia de remuneração adequada e condições de trabalho que permitem o bom desempenho de suas funções. Os médicos estão expostos a contratos de trabalho precários, que muitas vezes não são pagos e não raro, atendem pacientes em locais inapropriados.
REVALIDA SIM!: a lei 9.334/96 afirma que diplomas de qualificação expedidos por universidades estrangeiras serão revalidados por universidades públicas. Sendo assim, todo médico formado no exterior tem que passar pelo exame Revalida para comprovar sua competência para atender os cidadãos brasileiros. Aprovados no teste, bem-vindos ao Brasil!
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO MÉDICA: os médicos aguardam sanção da PL 268/02, aprovada no senado federal.
RESIDÊNCIA MÉDICA: ampliação do número de vagas no Brasil. Se formamos mais de 500 médicos em Santa Catarina por ano, são necessárias 500 vagas para que estes se especializem e também o reajuste imediato da bolsa residência.
GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DOS MÉDICOS FEDERAIS: médicos aguardam o reajuste da gratificação prometido pela secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento