Em assembleia geral realizada no dia 7 de julho, em Florianópolis os médicos contratados pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) e que prestam serviços no SAMU decidiram por delegar poder ao SIMESC para representá-los em uma ação de dissídio coletivo na Justiça. Desde 2014 o Sindicato busca um acordo coletivo com a empresa sem avanços.
De acordo com o vice- presidente do SIMESC, César Ferraresi, o acordo coletivo contemplava pontos como aumento na remuneração para R$ 110 a hora e treinamento após a contratação, mas mesmo após várias conversas com a SPDM a empresa não acatou as reivindicações “ Mediante estes fatos o Sindicato recorreu a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) que não nos enviou resposta até o momento. Recorreu também ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que não foi favorável ao SIMESC e por isso resolvermos recorrer ao judiciário”.
O assessor jurídico do SIMESC, Rodrigo Machado Leal, explicou que mesmo que as tentativas na DRT e MPT não tenham tido resultados positivos elas foram requisitos importantes para os futuros encaminhamentos. “Esses passos legais são necessários para o nosso embasamento e para que a justiça acate nossas reivindicações”.
O presidente do SIMESC, Cyro Soncini, destacou que a SPDM alega não estar recebendo recursos financeiros do governo, mas lembrou que no caso dos médicos do HEMOSC/CEPON – administrados pela Organização Social FAHECE, os gestores que também passavam pela mesma situação firmaram o acordo coletivo com os médicos comprometendo-se cumprir as cláusulas desde que o repasse fosse realizado “Eles resolveram ousar e deu certo. Em maio o governo fez o pagamento e a FAHECE pode honrar o compromisso com os médicos. A SPDM não quis adotar a mesma postura e só nos restou a justiça”.
“O SIMESC sempre busca a conversa e a negociação e somente quando esgotadas as possibilidades recorre à justiça e essa foi a situação nos casos dos médicos do SAMU. Esperamos que tenhamos respostas do judiciário o mais breve possível”, complementou o tesoureiro do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa.
Os médicos também deliberaram manter a assembleia permanente para a continuidade das negociações coletivas.