Para falar a respeito dos avanços da medicina em São Miguel do Oeste e região, o Jornal Gazeta, em matéria publicada no dia 20 de outubro, conversou com o presidente regional do SIMESC, Virgílio Pagliarin Junior. Conforme ele, o sindicato atua há 37 anos no estado
“No estado de Santa Catarina, temos em torno de 18 mil médicos atuantes, destes 3.500, mais ou menos, são sindicalizados. Achamos que temos um potencial de crescimento muito grande em relação a esses números. Na nossa região, de São Miguel do Oeste, são em torno de 250 médicos. E cerca de 100 médicos sindicalizados. Uma proporção boa, comparada com a do Estado. Quase metade dos médicos da nossa região, são vinculados de alguma maneira ao sindicato do médico de Santa Catarina”, destaca. Ele explica que além da central sindical, as diretorias regionais respondem por cada região. “O sindicato dos médicos, assim como os outros, ele tem a função de prevenir algumas irregularidades na atividade médica, mas basicamente de proteção ao trabalho médico. Enfrentamos problemas com questões salariais, empregatícios”, detalha.
Ele reforça que, no estado de Santa Catarina, o SIMESC está organizado com uma assessoria jurídica, assessoria contábil, assessoria de imprensa, e através dessas representações regionais, é possível auxiliar na resolução de problemas para proteger o médico de forma geral nas questões trabalhistas.
OS AVANÇOS DA MEDICINA NA REGIÃO
Pagliarin, que atua nas especialidades de Obstetra e Ginecologista, vê os avanços no setor como expressivos, principalmente na última década. “Eu cheguei em São Miguel do Oeste, há 15 anos, e eu tenho observado um crescimento exponencial da medicina aqui, lógico que ainda temos muito que crescer para se tornar um centro de referência, nas várias modalidades médicas”.
Ele exemplifica passos decisivos para o crescimento, desde a implantação do hospital regional, a chegada de novos profissionais, novas especialidades, de novos serviços. “Há 15 anos, não havia exame de Tomografia, e pouquíssimos profissionais que realizavam Raio-x e ultrassom, os hospitais contavam com poucos recursos, e hoje já vivemos uma outra realidade”, aponta. Para ele, o setor de alta complexidade médica, ainda tem muito a evoluir. “Há a necessidade de que os políticos enxerguem São Miguel do Oeste, e é nesse sentido que precisamos evoluir ainda, de trazer para cá, mais recursos para a saúde, políticas de saúde que podem atender ao nosso contexto, porque a demanda já existe”, avalia.
A PROFISSÃO ‘MÉDICO’
Questionado sobre como avalia o exercício da profissão no dia a dia, o médico enfatiza que independente de qual seja, ele leva como filosofia de vida aprendida com seu pai, que “a profissão deve ser uma extensão da vida”. “De maneira nenhuma ela deve ser um sacrifício para você, porque tua vida é isso. E a medicina mais ainda, pois é uma profissão que tem que se envolver com ela, se doar, muitas vezes deixando a família de lado, para atender os pacientes. De maneira geral eu acho que ela se tornando uma extensão da tua vida, você consegue levar com mais tranquilidade e prazerosa, e isso, o próprio paciente vai sentir. Médico é um profissional como outro que tem suas necessidades, anseios, então nessa data repasso os parabéns aos meus colegas que no seu dia a dia dedicam seu tempo ao próximo da melhor maneira possível”, finaliza.
POSTURA QUANDO NECESSÁRIO
Pagliarin enfatiza, que além das questões trabalhistas, por muitas vezes o sindicato também assume postura diante de contextos que envolvem indiretamente a classe. “O sindicato médico assim como o CRM (Conselho Regional de Medicina), que são entidades diferentes, assim com a associação médica catarinense. A gente, as três entidades, tem reuniões de conselhos que reúnem todas as entidades, e a partir dali sai um consenso com relação a determinado posicionamento para determinado assunto, tentando ter o mesmo senso, o mesmo posicionamento para a defesa do trabalho médico e da classe médica, sem ferir nenhum conceito ou pensamento político”, aborda.
Foto e Fonte: Portal GC