Carta do Corpo Clínico
Terminou sem solução a reunião do corpo clínico com a direção do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, na sexta-feira, 31 de agosto. Pelo menos 150 médicos estiveram presentes no auditório da unidade de saúde, uma tentativa de resolver o problema gerado pelo diretor técnico, Cristiano Alexandre Ferreira, que na Câmara de Vereadores e a uma rádio da cidade, fez o que ele chamou de “desabafo” e agrediu moralmente toda a categoria profissional.
“Nossa primeira orientação foi conversar, não para contornar, mas para esclarecer essa situação que expôs os médicos de maneira vexatória e os jogou contra a opinião pública. Fomos ao hospital e pedimos essa reunião, que foi acatada pela direção. O que não esperávamos era que a direção tentasse colocar panos quentes nessa situação que consideramos muito grave. Saímos frustrados da reunião”, declara o presidente do SIMESC, Cyro Soncini.
De acordo com o presidente, a reunião foi muito tensa. “O início teve a leitura de uma carta do corpo clínico à direção do hospital. Ali estava clara a posição de quase a totalidade dos médicos: o pedido de exoneração do diretor técnico, que teve chance de se defender, mas optou por, ao invés de tentar resolver o imbróglio criado por ele mesmo, dizer que foi mal interpretado”.
Médicos com décadas de atuação em Tubarão e no HNSC expuseram sua insatisfação com o ocorrido e lamentaram a forma como a direção conduziu a história. “Ficamos decepcionados com a posição intransigente e com a falta de habilidade das gestoras em encaminhar a reunião e de buscarem uma solução para esse caso. Os médicos estão indignados com a situação e é flagrante a falta de convivência harmoniosa no hospital”, acrescentou Cyro.
Em reunião de diretoria que será realizada nesta segunda-feira, dia 03 de setembro, os dirigentes do SIMESC e a assessoria jurídica debaterão o encaminhamento dessa situação. “Os médicos de Tubarão estão de parabéns pelo empenho em tentar resolver essa situação. Demonstraram ética e posicionamento profissional irrepreensível”, encerra.