De hoje, 1º de outubro, até dia 31, inicia uma das maiores campanhas de prevenção ao câncer, o Outubro Rosa, quando serão realizadas em todo o Brasil e no mundo, diversas atividades de alerta às mulheres, familiares e amigos sobre a importância da prevenção ao câncer de mama.
A história do Outubro Rosa remonta à última década do século 20, quando o laço rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York. Desde essa época, foram iniciadas ações voltadas à prevenção do câncer de mama, passando o mês de outubro a significar o período de conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce ao câncer de mama.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo. No Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, responde por cerca de 25% dos casos novos ao ano. O câncer de mama também acomete os homens, mas em escala bem inferior, representando apenas 1% do total de casos da doença.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa de novos casos de câncer de mama em 2018 é próxima a 59 mil.
O câncer de mama
O câncer de mama se caracteriza pela proliferação anormal, de forma rápida e desordenada, das células do tecido mamário. A doença se desenvolve em decorrência de alterações genéticas. Porém, isso não significa que os tumores da mama são sempre hereditários.
Em seu funcionamento normal, o corpo substituiu as células antigas por células novas e saudáveis. As mutações genéticas podem alterar a habilidade da célula de manter sua divisão e reprodução sob controle, produzindo células em excesso, formando o tumor.
Um tumor pode ser benigno (não perigoso para a saúde) ou maligno (tem o potencial de ser perigoso). Os benignos não são considerados cancerígenos: suas células têm aparência próxima do normal. Elas crescem lentamente e não invadem os tecidos vizinhos, nem se espalham para outras partes do corpo.
Já os tumores malignos são cancerosos. Caso suas células não sejam controladas, podem crescer e invadir tecidos e órgãos vizinhos, eventualmente se espalhando para outras partes do corpo.
O câncer de mama consiste em um tumor maligno que se desenvolve a partir de células da mama. Geralmente, ele começa nas células do epitélio que reveste a camada mais interna do ducto mamário. Mais raramente, o câncer de mama pode começar em outros tecidos, tais como o adiposo e o fibroso da mama.
O câncer de mama pode ser “in situ”, aquele em que ainda não há risco de invasão e metástase, com chances de cura de aproximadamente 100%. Mesmo os tumores invasivos (quando invadem a membrana basal da célula) podem ser curados se o diagnóstico for estabelecido em fase precoce.
As alterações nos genes podem ser herdadas (casos dos cânceres hereditários) ou adquiridas. O câncer de mama hereditário corresponde a cerca de 5% a 10% dos casos, ou seja, quando existem parentes de primeiro grau com a doença. Portanto, 90% dos casos decâncer de mama não têm origem hereditária.
As alterações genéticas, que são chamadas mutações, podem ser determinadas por vários fatores, entre eles: exposição a hormônios (estrogênios), irradiação na parede torácica para tratamento de linfomas, excesso de peso, ausência de atividade física, excesso de ingestão de gordura saturada e álcool.
Fonte: Inca, Sociedade Brasileira de Mastologia, Susan G. Komen for the cure,