Hoje, quinta-feira (18) é comemorado o Dia do Médico. E para falar sobre o momento vivido pela classe médica, a reportagem do Jornal Gazeta e da TV GC conversou com o secretário da Diretoria Regional Extremo-Oeste do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc), Romar Pagliarin. “É uma data muito importante para a categoria dos médicos, para a nossa classe, porque além de ser uma data festiva, é uma data de bastante reflexão”, declara. Pagliarin enfatiza que o sindicato dos médicos é uma ferramenta de proteção do médico. “Desde a questão salarial, as condições de trabalho, as condições do relacionamento do médico com os gestores de saúde e também com a população que recebe o atendimento. É uma ponte de representação da classe médica para a sociedade e para os gestores que fazem a gestão do atendimento à saúde”, esclarece. Ele ainda comenta que as pautas principais do sindicato são frequentemente as mesmas. “São manter uma qualidade digna de trabalho para o médico, e essas qualidades seriam, dar as condições necessárias para desenvolver a profissão, mas também em relação aos salários dos médicos, ao vínculo empregatício, são coisas que a gente vem lutando desde o início do sindicato”, aponta. Uma das principais reivindicações da classe médica são as condições de trabalho no setor público. Conforme Pagliarin, com relação a essa questão é preciso separar as realidades a nível local e nacional. “A nível nacional, a gente nota que o sistema de saúde está caótico, no geral, em péssimas condições de trabalho, péssimas condições de atendimento, é o que a gente vê nas notícias diariamente. Na nossa região, a gente tem uma condição um pouco diferenciada da situação nacional e a gente consegue no sistema de saúde, nos SUS, ainda atender os pacientes de uma maneira mais integral e com melhor qualidade. Aqui em São Miguel do Oeste, nós estamos privilegiados em relação a isso, mas claro que a gente sempre se preocupa em manter essa qualidade no atendimento”, declara. Questionado sobre como está a formação dos médicos no Brasil, ele afirma que houve um aumento muito grande na quantidade de faculdades que oferecem medicina. “Uma das preocupações do sindicato dos médicos, é de, justamente, manter a qualidade na formação do profissional médico, porque a gente enxerga que a deficiência no número de médicos no Brasil é muito grande, mas a gente não pode de uma maneira irresponsável estar lançando médicos despreparados no mercado de trabalho, porque estamos lidando com vidas, então a gente acompanha esse processo da formação da classe médica”, enfatiza. “Priorizamos a qualidade, porque é um momento crítico da vida de uma pessoa, você estando em uma emergência, precisando de um tratamento urgente, em uma questão entre a vida e a morte, uma pequena diferença na formação do profissional, já pode fazer toda a diferença na vida de uma pessoa”, conclui. Fonte: TVGC