Em 8 de novembro, são celebradas duas datas da especialidade: o Dia Internacional da Radiologia e o Dia Nacional do Médico Radiologista.
A data não foi escolhida à toa: foi nela, em 1895, que o físico alemão Dr. Wilhelm Conrad Roentgen descobriu os raios X.
O feito foi oficializado em 22 de dezembro, quando ele colocou a mão esquerda de sua esposa Anna Bertha Roentgen no chassi, com filme fotográfico, fazendo incidir a radiação oriunda do tubo por cerca de 15 minutos. Revelado o filme, lá estavam, para confirmação de suas observações: a figura da mão de sua esposa e seus ossos dentro das partes moles menos densas.
Sem saber qual o tipo de raio seria capaz de entregar tal resultado, o físico chamou a invenção de “raio X”, sendo o “X” usado para indicar o indeterminado ou desconhecido.
Depois de aperfeiçoar sua descoberta, Roentgen recebeu o Prêmio Nobel de Física, em 1903.
O Brasil celebra seus especialistas
No Brasil, em 1897, o médico mineiro José Carlos Ferreira Pires, acreditando nas aplicações médicas desta descoberta, levou para a sua cidade, Formiga (MG), o primeiro aparelho de Raios-X da América do Sul. O equipamento foi transportado em lombos de burro e carros de boi pelas estradas precaríssimas. A partir de 1912, a Radiologia passou a ser reconhecida como especialidade com a chegada do professor Roberto Duque Estrada, de Paris (França), que inaugurou o Serviço de Radiologia na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro.
Em dezembro de 2009, o Projeto de Lei nº 6.070, do deputado e médico nuclear Dr. Eleuses Paiva, instituiu a data como o Dia do Médico Radiologista. Em janeiro de 2015, o deputado Juscelino Rezende Filho assinou o Projeto de Lei complementar, solicitando aprovação do Congresso Nacional.
Em 7 de maio de 2015, a então presidente Dilma Rousseff assinou a Lei 13.118 decretando a data, que passou a ser comemorada anualmente em todo o território nacional.
Busca-se, assim, homenagear e reconhecer os profissionais que desempenham funções essenciais na Saúde por meio de realização de exames, análise e interpretação das imagens obtidas, em laudos ou relatórios.
Esses diagnósticos são imprescindíveis para determinar o futuro do paciente – encaminhamento a tratamentos, cirurgias ou outros procedimentos.
O profissional
O médico radiologista tem formação em Medicina, com especialização em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, curso que envolve uma variedade de técnicas e inclui Radiologia Convencional, Radiologia Contrastada, Ultrassonografia, Medicina Nuclear, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e Densitometria Óssea.
A residência médica é de no mínimo três anos de educação supervisionada por profissionais dos campos de Radiologia ou Diagnóstico por Imagem. O radiologista prioriza o bem-estar da sociedade e dos pacientes, e participa ativamente da atenção básica à saúde, em equipes multidisciplinares. Além disso, o profissional da Radiologia é fundamental na realização de estudos e divulgações de novos métodos de diagnóstico, permitindo a outros especialistas o conhecimento e a indicação do melhor exame para cada situação.
Fonte: Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem/ SPR