O Brasil é o segundo país com mais casos de Hanseníase, atrás somente da Índia. Anualmente são registrados perto de 30 mil casos, sendo 6% deles em crianças e adolescentes, somando aproximadamente 2 mil pacientes. Destes, 7% (140, em média) são diagnosticados com alguma sequela relacionada à doença.
O Janeiro Roxo é o mês de campanha de prevenção e tratamento à Hanseníase, doença de pele transmitida por gotículas que saem do nariz ou pela saliva. Afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. Ao penetrar no organismo, a bactéria inicia uma luta com o sistema imunológico e fica escondida ou adormecida no organismo de dois a sete anos.
A hanseníase pode provocar graves incapacidades físicas se o diagnóstico demorar ou se o tratamento for inadequado. Os primeiros sinais da hanseníase são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, que ficam dormentes e sem sensibilidade ao calor, frio ou toque. Podem aparecer placas, caroços e/ou inchaços. Quando afeta os nervos, pode causar formigamento, sensação de choque, dormência e queimaduras nas mãos e pés por falta de sensibilidade, além de falta de força e problemas nos olhos.
O médico dermatologista tem importante papel no diagnóstico da Hanseníase que necessita de avaliação clínica, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora, e conforme avaliação do profissional, uma biópsia.