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Os cuidados com as redes sociais

Há algum tempo vem se alertando que o posicionamento nas redes sociais reflete no comportamento e postura profissionais. Além de muitas vezes expor intimidades e rotinas familiares, muitos internautas expõem de maneira irresponsável suas diferenças com outras pessoas, postando indiretas, produzindo ou compartilhando textos agressivos e ofensivos, sem a menor noção do alcance do que está sendo publicado.

O que é publicado é o que forma a opinião do internauta a respeito do proprietário daquela rede social e os cuidados com essa “reputação” não se restringe a apenas os médicos, mas também aos estudantes de medicina.

Pesquisa divulgada pelo Journal of American Association (Jama), publicada pelo site Academia Médica, conclui que 60% dos reitores de escolas médicas entrevistados relatam incidentes envolvendo postagens em redes sociais de alunos. 13% dos reitores confirmaram que os problemas identificados violaram a privacidade do paciente, o que resultou na expulsão de alunos da escola.

Um caso de muita repercussão envolveu um médico do interior de São Paulo que teve que pedir desculpas publicamente porque debochou na sua rede social de um paciente. A postagem ganhou o mundo. Há também os casos de médicos que discutem nos ambientes virtuais pelos motivos mais diversos.

Em artigo divulgado pela revista Time Health and Family, é relatado que estudantes de medicina não se intimidam em postar fotos em festas, em expor suas rotinas diárias e em outros momentos que não estão de jaleco branco. Os estudantes avaliam que essa postura não interfere e nem interferirá em sua carreira profissional.

Há como ajustar essa situação. Para os que circulam pelas redes sociais, a recomendação é: ter um perfil pessoal onde são estabelecidos os limites de quem pode ver as publicações, e ter um perfil profissional, onde são divulgadas informações relacionadas à atividade médica – aqui lembrando de cumprir o que estabelece o Conselho Federal de Medicina para a publicidade médica. Com esses dois perfis será possível separar o pessoal do profissional.

Para estar nas redes sociais é preciso cuidar da “aparência” também. Sim, o mundo julga. O mundo elabora teses sobre as pessoas baseado no que vê. E isso interfere em todas as profissões, não só na medicina. Portanto, é imperioso prestar atenção ao impacto de sua imagem profissional nos ambientes digitais.

 

Por: Carla Cavalheiro: jornalista que integra a Assessoria de Comunicação e Imprensa do SIMESC. 


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