A convite do SIMESC, representantes da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia de Santa Catarina (Sogisc) e da Sociedade Catarinense de Pediatria (SCP) participaram nesta segunda-feira (02/09) da reunião da Diretoria Executiva do Sindicato, em Florianópolis, para discutir o parto seguro, tendo em vista o anúncio da criação de uma Casa de Parto Natural, no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), na capital.
Os médicos explicaram serem contra o funcionamento da Casa, pois em caso de intercorrências graves, mães e filhos podem ser prejudicados fora do ambiente hospitalar, onde há equipamentos e meios de intervenção médica imediata. Segundo os profissionais, a exigência de que uma maternidade de referência esteja há 20 minutos da Casa não é o suficiente para um parto seguro.
Ao lembrar que um em cada 10 recém-nascidos necessita ajuda para iniciar a respiração e outros pontos em que os recursos hospitalares e de profissionais capacitados podem fazer a diferença, os dirigentes do SIMESC e os médicos presentes concordaram em levar o assunto para ampliar o debate na reunião do Conselho Superior das Entidades Médicas (COSEMESC), que será realizada no dia 17 de setembro.
“Nós médicos não podemos e nem vamos nos omitir. Vamos continuar orientando a população sobre os riscos de tal iniciativa”, afirma o presidente do SIMESC e coordenador do COSEMESC, Cyro Soncini, ao acrescentar que o Sindicato veicula durante a semana spot de rádio reforçando a importância de um parto com assistência adequada. Ouça AQUI.
Estiveram presentes na reunião: Jean Louis Maillard (presidente Sogisc), Ricardo Maia Samways (vice-presidente Sogisc), Monica Lisboa Chang Wayhs (vice- presidente SCP), Lissandra da Silva Mafra Andujar (diretora da SCP), Leila Denise Cesario Pereira (conselheira fiscal SCP) e o pediatra Remaclo Fischer Junior.