Atendendo ao pedido do SIMESC, realizado no final de novembro, em que solicitava audiência para mais esclarecimentos sobre alterações nas planilhas referentes à Retribuição por Produtividade Médica (RPM) dos médicos contratados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), o secretário Helton de Souza Zeferino recebeu na tarde desta quinta-feira (19/12) representantes do Sindicato dos Médicos.
O presidente do SIMESC, Cyro Soncini, explicou que no primeiro momento a informação extraoficial sobre a RPM causou preocupação entre os médicos, mas que a atitude da secretaria posteriormente em convocar representantes dos hospitais da Grande Florianópolis para debater o assunto foi muito adequada. “Ajustes são necessários e não somos contra, mas é preciso ouvir quem está envolvido na situação. Quanto mais opiniões, mais o gestor pode avaliar para tomar as melhores decisões”, afirmou o presidente.
“No hospital Celso Ramos, local em que trabalho, o recebimento da notícia, sem antes discutir com os profissionais, causou bastante apreensão. Esse é um tema importante que precisa de transparência e felizmente agora está sendo encaminhado desta maneira”, acrescentou o secretário geral do SIMESC, Roman Leon Gieburowski Junior.
Helton Zeferino explicou que o objetivo dos ajustes na RPM é buscar o equilíbrio na remuneração. “Precisamos valorizar todos os profissionais e não apenas algumas especialidades. Todos são importantes para o sistema. Nossa preocupação é com a saúde em um todo e não apenas com alguns segmentos”, afirmou o secretário.
O SIMESC avaliará as alterações e encaminhará à SES a sua opinião.
Tomógrafo e Samu
Aproveitando a presença também do superintendente dos Hospitais Públicos Estaduais, Daniel Yared Forte, o SIMESC reforçou o pedido sobre a urgência no conserto do tomógrafo do hospital Regional Homero de Miranda Gomes, em São José. Os gestores informaram que tem interesse em resolver o serviço brevemente e estão tomando as medidas cabíveis.
“A temporada de verão contribui com a ampliação da população na região da Grande Florianópolis o que resulta no aumento de atendimento a politraumatizados e reforça a necessidade da urgência em resolver a questão” destacou o diretor de Apoio ao Graduando em Medicina, Odi José Oleiniscki.
Sobre o Samu os dirigentes do SIMESC expuseram a importância de manter os médicos contratados via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e perspectivas de melhor remuneração a partir do próximo ano, tendo em vista que há cinco anos estão com os salários congelados.
Concurso público
Outro ponto abordado foi a necessidade de realização de concurso público. O presidente do SIMESC lembrou que a entidade se posicionou contra o projeto de Lei 209/2019, de autoria do executivo estadual, que amplia de 24 para 48 meses o prazo máximo de contratação temporária de servidores para a SES, por entender a importância de reduzir a rotatividade de servidores.
“Somente com concurso público e a fidelização de médicos se fará saúde de qualidade”, frisou Cyro Soncini.
O gerente de Regulação Estadual e de Internação Hospitalar, Ramon Tartari, também participou da reunião.