Confira entrevista do vice-presidente do SIMESC, Leopoldo Back sobre o trabalho médico
Por Juliana Gomes
juliana.gomes@somosnsc.com.br
Neste domingo (18), é celebrado no Brasil o Dia do Médico. Para o vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc) Lepoldo Alberto Back uma das preocupações da classe médica neste momento é de que a população mantenha os cuidados para evitar o contágio por coronavírus, já que a doença é grave e há casos de pacientes reinfectados pelo vírus.
- O fato de as pessoas estarem esgotadas, estarem cansadas de usar máscara, não quer dizer que isso vai fazer a pandemia ir embora. O cuidado tem que continuar. A economia tem que andar, nossas vidas têm que seguir em frente, mas nós temos que tomar todo cuidado possível, porque senão vai acontecer uma reinfecção e a doença vai retomar o curso de perigo – alertou.
No auge da pandemia, em julho, o Simesc e a Sociedade Catarinense de Terapia Intensiva fizeram uma enquete com médicos do estado, para saber das dificuldades que estavam enfrentando, conforme Back.
- Apesar de a maioria dizer que tinha condição de trabalho, tinha condição técnica, tinha equipamento de proteção individual, se apresentava extremamente sobrecarregada, extenuada e com medo de lidar com uma doença tão desafiadora, tão complicada que poderia inclusive afetá-los pessoalmente, não só eles mesmos, mas levando a doença para casa, para a família – afirmou.
- É uma doença ainda desconhecida que nos impõe um desafio diário e tem sido muito difícil pra nós lidar com isso. A ocupação de leitos de UTI diminuiu consideravelmente, mas é importante ressaltar que cada caso que está em UTI é muito desafiador, são pacientes que ficam muito tempo em UTI, muito mais do que em outras doenças, às vezes semanas a fio – afirmou.
- Muitas vezes sofrem pioras repentinas, complicações múltiplas, ficam com sequelas. São casos que demandam muita energia, muito empenho por parte do profissional – declarou.
No auge da pandemia, em julho, o Simesc e a Sociedade Catarinense de Terapia Intensiva fizeram uma enquete com médicos do estado, para saber das dificuldades que estavam enfrentando, conforme Back.
- Apesar de a maioria dizer que tinha condição de trabalho, tinha condição técnica, tinha equipamento de proteção individual, se apresentava extremamente sobrecarregada, extenuada e com medo de lidar com uma doença tão desafiadora, tão complicada que poderia inclusive afetá-los pessoalmente, não só eles mesmos, mas levando a doença para casa, para a família – afirmou.
Embora o Simesc ainda não tenha um balanço do número de médicos infectados, tem registrado inclusive mortes causadas pela covid-19, explica Leopoldo Back.
- É uma doença ainda desconhecida que nos impõe um desafio diário e tem sido muito difícil pra nós lidar com isso. A ocupação de leitos de UTI diminuiu consideravelmente, mas é importante ressaltar que cada caso que está em UTI é muito desafiador, são pacientes que ficam muito tempo em UTI, muito mais do que em outras doenças, às vezes semanas a fio – afirmou.
- Muitas vezes sofrem pioras repentinas, complicações múltiplas, ficam com sequelas. São casos que demandam muita energia, muito empenho por parte do profissional – declarou.