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Feminicídio: Foi uma médica. Poderia ser qualquer uma de nós!

Um crime que afeta mulheres de todas as profissões, classes sociais, raças e tipos físicos não pode ficar sem punição!

 

No mês da Mulher, o Sindicato dos Médicos de SC relembra o primeiro ano do brutal crime contra a médica Lúcia Regina Gomes Mattos Schultz, no dia 20 de março de 2020.

Quando todos deveriam estar recolhidos em casa tentando compreender o que era a pandemia e a se acostumar com novos hábitos, de Lúcia foi tirada a vida sem que ela tivesse condições de reagir. O criminoso foi seu companheiro, preso no mesmo dia do crime e libertado em 3 de junho de 2020.

O homem é procurado pela polícia e a família há alguns dias, expôs a angústia dessa situação em redes sociais. “Mesmo em se tratando de crime hediondo, mesmo tendo o assassino dado fim
ao diário da vítima onde ela registrava seus abusos, mesmo tendo o feminicida tentado fugir (só retornou ao local do crime, sem saber que a polícia já havia sido acionada, porque seus filhos não o abrigaram e porque estavam proibidas as hospedagens), a Justiça entendeu que não mais subsistiam fundamentos para a prisão preventiva”, desabafa a filha da médica, Juliana dos Santos.

Para a diretora do SIMESC, a ginecologista e obstetra Eliane Soncini, o feminicídio não pode ser abafado e nem deixado de lado. “Esse crime nos alcança também como colegas de profissão.  A Lúcia, além de todo seu talento, competência e dedicação profissional, era muito querida pelos pacientes. Foi um choque para nós a notícia da morte dela”, enfatiza.

A diretora do SIMESC reforça que as mulheres precisam denunciar esse tipo de crime. “E os parentes, amigos próximos, filhos, que notarem qualquer tipo de abuso, precisam ajudar a denunciar. Ainda que saibamos que nossa legislação está defasada, que a justiça muitas vezes se convence pelo discurso de bons advogados, temos que frear essa violência covarde que destrói famílias”, pede.

O silêncio mata!

Denúncias de violência contra a mulher devem ser feitas ao Disque-Denúncia criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. O número é o 180.

Denuncie!

Se você tem informações sobre o cidadão Ireno Nelson Pretzel, acusado do crime contra Lúcia Regina Gomes Mattos Schultz, com mandato de prisão  n. 5002090-65.2020.8.24.0125.01.0002-04, faça contato pelo 180 ou 190. A denúncia é anônima e gratuita 24 horas em todo o país. 


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