O presidente do SIMESC Cyro Soncini e o diretor de Apoio ao Graduando em Medicina, Odi José Oleiniscki, reuniram-se na tarde de segunda-feira (23/05) com o secretário municipal de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva (Paraná), para tratarem sobre a remuneração da categoria.
Paraná explicou que a folha de pagamento da prefeitura está comprometida em mais de 70%, bem acima do que permite a Lei de Responsabilidade Fiscal (54%), e que a secretaria está estudando formas de adequar estes valores para que possam ser dados outros passos, como o reajuste salarial dos médicos.
“A arrecadação não tem acompanhado as despesas. Diferente da construção de uma unidade de saúde, ou da aquisição de algum equipamento - que é um investimento pontual, o reajuste na folha de pagamento é algo que irá perdurar e por isso precisamos ter cautela. Essa demanda está em nosso horizonte”, disse o secretário ao ressaltar que atualmente o município investe 22% em Saúde.
Cyro Soncini lembra que a Saúde de Florianópolis tem sido referência no Brasil e que quanto mais os médicos forem valorizados, melhores serão esses resultados. “Entendemos que é necessário respeitar a Lei Orçamentária Anual, Lei de Responsabilidade Fiscal e que a pandemia trouxe dificuldades, mas como representantes dos médicos destacamos o pedido justo da categoria. Dentre todos os trabalhadores da saúde municipal, são os médicos que têm a remuneração mais defasada”, alerta.
Outro ponto abordado foi a necessária e permanente atenção às condições de segurança no trabalho, para os médicos e demais servidores. “ Há notícias de ameaças à colegas recentemente e a gestão precisa estar atenta a essas demandas”, comentou Odi.
O SMS Paraná afirma que os cuidados existem e explicou o modus operacional da gestão.
Ao término do encontro, o presidente do SIMESC convidou o secretário para participar do 23º Fórum das Entidades Médicas (Femesc) que será realizado no dia 1 de julho, na capital.