Dirigentes do SIMESC estiveram em Brasília nos dias 29 e 30 de julho, quando participaram da 14ª edição do Encontro Nacional de Entidades Médicas (Enem). Havia cinco anos que o evento não era realizado. Um grupo de 300 delegados representando a FMB, CFM, AMB, Fenam e Anmr, aprovaram um relatório de compromisso com a Medicina e o trabalho médico, que será apresentado em 30 dias.
“O evento foi muito bom porque permitiu o reagrupamento. Tivemos a participação de todos os líderes do movimento médico e acadêmicos de medicina em um debate daquilo que nos aflige. Foi um sucesso, com a ideia inclusive, futura, de fazermos eventos regionais para que os debates entre as lideranças médicas possa acontecer de maneira mais assídua”, destaca o presidente do SIMESC, Cyro Soncini.
“Os eixos de debates foram muito importantes porque vieram de encontro às necessidades do trabalho médico. Temos muito o que resolver como a pejotização, falta de clareza nos contratos de trabalho, saúde suplementar, telemedicina... Com certeza essas discussões darão uma nova luz e novos posicionamentos para todas as entidades médicas”, afirma o secretário geral do Sindicato, Vânio Cardoso Lisboa.
As diretoras Anamar Brancher e Eliane Soncini, mais o diretor Odi Oleinnisk e o jornalista Rubens Flôres também integraram a comitiva do SIMESC nestes dias de evento na capital federal.
Temas – O primeiro eixo temático do evento apontou a situação do aparelho formador de futuros médicos. Atualmente, há 389 escolas médicas no Brasil, que oferecem mais de 42 mil vagas apenas no primeiro ano de curso. Além do excesso de escolas, entre os problemas que preocupam as lideranças, estão a insuficiência dos ambientes de práticas e a fragilidade dos sistemas de avaliação dos estudantes e de acreditação dos cursos de medicina no país.
Outro tema de destaque no evento foi a criação de uma carreira de estado para o profissional que atua no Sistema Único de Saúde (SUS); a adoção de uma política de financiamento adequado para o SUS; e a diversidade de modelos de gestão dos sistemas de saúde.
A inserção do médico no mercado de trabalho; os problemas decorrentes da precarização dos contratos de trabalho; a defesa do Ato Médico (Lei 12.842/2013); e a remuneração dos profissionais, inclusive dentro da modalidade de atendimento por Telemedicina, a pejotiação e o desequilíbrio na relação entre médicos e planos de saúde, foram os debates da sexta-feira.