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O problema é esse!

Veja a pesquisa AQUI.

 

O SIMESC consultou médicos que atuam em hospitais administrados pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio de pesquisa entre os dias 19 fevereiro a 10 de março de 2024, para avaliar as condições de trabalho e estruturas das unidades.  Dentre as respostas, destacam-se preocupações a respeito da precariedade da estrutura física, falta de recursos humanos e deficiências na gestão hospitalar.

 

Estrutura

Para quase metade dos participantes (41,8%), as condições de trabalho nos consultórios são consideradas ruins ou péssimas. Cerca de 29,91% os avaliam como bons ou ótimos, enquanto 23,6% os consideram regulares.

Em relação às condições das salas cirúrgicas, a maioria dos participantes (23,2%) as classifica como boas, e 21,4% as consideram satisfatórias. Para 41,1% dos participantes, essa pergunta não é aplicável, pois não trabalham em salas cirúrgicas.

Quanto à segurança nas unidades hospitalares, metade dos participantes (50%) a avalia como ruim ou péssima. Cerca de 23,2% a consideram satisfatória, enquanto 21,4% a classificam como boa.

O repouso/conforto médico foi avaliado principalmente como ruim (28,6%) e péssimo (33,9%). A qualidade da alimentação oferecida é considerada pela maioria como regular (32,7%) e ruim (20%).

Na pesquisa qualitativa, os médicos descreveram uma série de problemas estruturais como sucateamento, vazamentos, rachaduras, superlotação e sobrecarga de trabalho - questões que evidenciam a urgência de intervenções para a garantia de melhor assistência à população.

Para o presidente do SIMESC, Cyro Soncini, os médicos não apenas precisam, mas merecem condições adequadas de trabalho para exercerem suas funções de forma eficaz e segura. “Isso inclui uma estrutura física adequada nos hospitais, que proporcione um ambiente de trabalho seguro e funcional. Além disso, é fundamental garantir que esses profissionais tenham direito a repouso e alimentação apropriada durante suas jornadas de trabalho. Sem esses elementos básicos, é difícil esperar que os médicos possam desempenhar seu papel e oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes”.

  

Recursos Humanos

A pesquisa revelou uma percepção predominante sobre a quantidade insuficiente de médicos e de outros profissionais de saúde. Especificamente, 76,4% dos participantes afirmaram que o número de médicos não atende às necessidades das unidades hospitalares.

Os relatos descritivos enfatizaram escalas de trabalho com lacunas, sobrecarga de profissionais e a urgência na realização de concursos públicos para suprir essas deficiências. "Há anos o SIMESC vem alertando sobre a necessidade do concurso público. Entendemos as dificuldades do governo, mas essa é uma situação que exige providências. A falta de médicos e a rotatividade prejudicam tanto os profissionais sobrecarregados que podem ser prejudicados/expostos a erros médicos, como certamente a população”, declara o secretário geral do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa.

 

Outros

Questões sobre a faixa salarial, recebimento de RPM, capacitação, organização médica e centro de estudos também fazem parte da pesquisa que contou com a resposta de médicos da Grande Florianópolis, Blumenau, Ibirama, Joinville, Mafra e Lages.

Em sua maioria (66%) eram estatutários e 25% contratados temporariamente. Participaram médicos das especialidades: anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral, clínica médica, endoscopia, ginecologia e obstetrícia, hematologia, infectologia, medicina do trabalho, oftalmologia, medicina intensiva, nefrologia, ortopedia e traumatologia, oncologia clínica, pediatria, radiologia, reumatologia e urologia.

O SIMESC agendará reunião de trabalho para apresentar esses dados à equipe da Secretaria de Estado da Saúde.


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